Depois de tantas mortes na família, Zeli dos Anjos decide quebrar o silêncio e fala pela 1ª vez sobre a nora no Fantástico: ‘Eu sabia que ela era má…’

Com tantas mortes em sua família, Zeli decidiu quebrar o silêncio e se pronunciou no Fantástico

Zeli dos Anjos, sobrevivente do bolo envenenado com arsênio, preparado pela nora Deise Moura dos Anjos, falou pela primeira vez sobre o crime em uma entrevista ao programa Fantástico. Deise é suspeita de matar quatro pessoas e envenenar outras cinco em Torres, no Rio Grande do Sul.

O crime ocorreu em 23 de dezembro, quando Zeli e seis familiares se reuniram para celebrar a tradição de mais de 40 anos de comer o bolo de reis. Após ingerirem o doce, todos começaram a passar mal. Zeli e os sobreviventes, o marido de Maida (irmã de Zeli) e o filho de Tatiana (sobrinha de Zeli), foram os únicos a sobreviver. Já Maida, Neuza (outra irmã de Zeli) e a sobrinha Tatiana não resistiram.

Inicialmente, o caso foi tratado como uma intoxicação alimentar, mas exames posteriores confirmaram a presença de arsênio no sangue e urina das vítimas. As investigações revelaram que Deise nutria um ódio profundo pela sogra e, em agosto de 2024, comprou arsênio e o misturou ao leite em pó que levaria para os sogros. No início de setembro, o marido de Zeli, Paulo Luiz dos Anjos, morreu, mas a causa foi atribuída a uma infecção alimentar. Zeli comentou sobre o comportamento da nora: “Eu sabia que ela era má, que ela fazia maldades, mas nunca que fosse chegar a um nível desses”.

A polícia também descobriu que Deise pesquisava sobre substâncias tóxicas, incluindo venenos capazes de matar humanos, e que teria colocado arsênio na farinha utilizada para fazer o bolo de reis. Presa, Deise foi encontrada morta em sua cela, e o laudo confirmou suicídio por enforcamento. Em suas anotações, a mulher negava ser a assassina, e a defesa alegou que ela sofria de depressão.

Para as autoridades, Deise envenenou nove familiares, resultando em quatro mortes. As investigações ainda estão em andamento e devem ser concluídas nesta semana. Zeli, em sua entrevista, afirmou que não sente pena, nem ódio, mas se emociona ao lembrar que perdeu as três pessoas mais importantes de sua vida.