Mãe que perdeu filho ‘comido’ por bactéria no DF teve que ler algo que a deixa revoltada em prontuário; agora ela busca por Justiça
Revolta de Genilva Fernandes ao Ler o Prontuário Médico de Seu Filho
Miguel Fernandes Brandão, de 13 anos, morreu após uma grave infecção bacteriana que não foi diagnosticada a tempo. Durante a internação do filho em um hospital de Brasília, a mãe, Genilva Fernandes, foi surpreendida por algo extremamente frustrante ao acessar o prontuário médico de Miguel.
No prontuário, estava registrado que Genilva foi tratada como “ansiosa” durante o período de internação de seu filho. Isso foi registrado em um relatório do dia 16 de outubro, quando Miguel estava internado com sintomas graves. No documento, a equipe médica mencionava que ela estava constantemente questionando sobre o estado do filho, atribuindo sua preocupação à ansiedade.
Trecho do Prontuário:
- O relatório dizia: “Explico várias vezes o quadro, que minha hipótese diagnóstica é quadro viral devido à evolução e exames, que não necessita de ATB (antibiótico), que a diarreia faz parte do quadro.”
- Um novo relatório do dia seguinte mencionava novamente a presença de “mãe ansiosa” e a preocupação contínua de Genilva com a febre alta de Miguel.
A Negligência Percebida pela Mãe
Apesar das constantes queixas e pedidos de exames mais detalhados, os médicos mantiveram a hipótese de que Miguel estava com uma infecção viral, tratando-o com medidas de suporte e sem a necessidade de antibióticos.
Genilva, preocupada com o agravamento do quadro do filho, insistia nas mesmas perguntas sobre a febre alta e a dor de Miguel. A resposta médica, no entanto, permanecia a mesma: “explico novamente o quadro e a conduta, que é medidas de suporte”.
O que a mãe denunciou:
- A mãe de Miguel acusou o hospital de negligência médica, afirmando que os médicos não solicitaram os exames essenciais que poderiam ter identificado a infecção bacteriana de forma precoce.
- Ela também apontou que houve um atraso deliberado no envio do prontuário e outras informações sobre o tratamento prestado ao seu filho, o que dificultou ainda mais a análise do caso.
Depoimento à Polícia
Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Genilva relatou que um infectologista lhe disse que, se Miguel tivesse sido encaminhado mais cedo para a UTI, ele teria tido maiores chances de um tratamento eficaz.
O caso está sendo investigado pelas autoridades, e a família busca por justiça, alegando que a demora no diagnóstico e a falta de exames precisos contribuíram para a morte precoce de Miguel.
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