Menina perde a vida após se engasgar com caroço no PI e o caso serve de alerta

O caso ocorreu na cidade de Pavussu, localizada a 408 quilômetros de Teresina.

A cidade de Pavussu, no interior do Piauí, foi tragicamente abalada pela morte de Eloá Crystine Pereira Ramos, uma menina de apenas 4 anos, que não resistiu após se engasgar com o caroço de uma pitomba, uma fruta típica da região nordestina. O incidente ocorreu na noite de quarta-feira, deixando a comunidade local em choque. Em respeito à memória de Eloá, a administração municipal decretou feriado nesta quinta-feira, e o prefeito Winicius Valério expressou seu pesar nas redes sociais: “Nossa cidade se recolhe em pesar pela morte trágica e tão precoce de Eloá. Que Deus a receba em sua glória.”

A Secretaria Municipal de Saúde de Pavussu, que conta com duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em funcionamento durante o dia, esclareceu que a gestão mantém enfermeiros plantonistas no período noturno e nos fins de semana para atendimentos de urgência. Quando Eloá chegou à unidade de saúde, ela recebeu atendimento imediato de um médico e uma enfermeira. No entanto, apesar dos esforços da equipe médica, o quadro crítico não pôde ser revertido e a menina faleceu.

Em meio ao luto, a Secretaria de Saúde também se manifestou sobre informações falsas que circulavam nas redes sociais, reforçando que o serviço de saúde é oferecido a todos, sem discriminação. A Creche Zulmira Alencar da Silva, onde Eloá estudava, também emitiu uma nota emocionada destacando a personalidade alegre e iluminada da menina. A instituição expressou solidariedade aos pais, Luana e Arnoldo, reconhecendo a dor da perda irreparável.

O sistema de saúde de Pavussu, embora limitado, mantém equipes de Saúde da Família preparadas para emergências noturnas, mostrando o comprometimento com a população, apesar das dificuldades estruturais. A administração municipal ressaltou que, apesar das UBSs funcionarem apenas nos turnos da manhã e tarde, há sempre uma equipe de plantão para situações de urgência, como foi o caso da pequena Eloá.

A morte precoce de Eloá causou uma grande comoção na cidade, unindo a comunidade em solidariedade à sua família. O caso também levantou discussões sobre a alimentação infantil e os cuidados necessários para evitar acidentes como o que levou à tragédia. A direção da creche enfatizou em sua nota como Eloá deixou saudades entre colegas e funcionários, destacando o impacto positivo que ela teve durante sua breve passagem pela instituição.

Com o falecimento inesperado da menina, a cidade se mobilizou para prestar suas últimas homenagens. O feriado municipal de 20 de fevereiro de 2025 foi decretado como uma forma de respeitar a memória de Eloá e de acolher sua família nesse momento de dor. O caso gerou um debate importante sobre as condições de saúde nas cidades do interior, destacando a importância de se manter um sistema de saúde preparado para emergências, mesmo em localidades com limitações. O comprometimento das equipes de saúde de Pavussu com o atendimento à população foi reafirmado, mas a tragédia também trouxe à tona a necessidade de mais investimentos em infraestrutura e cuidados preventivos.

O impacto da perda de Eloá se estendeu além dos muros da creche, tocando todos que a conheciam. A cidade de Pavussu, pequena e unida, continua a se recuperar dessa dor, mas a memória da menina ficará para sempre viva nos corações daqueles que foram tocados por sua alegria e simplicidade.

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