Velório coletivo de estudantes vítimas de acidente em SP foi marcado por uma grande comoção, vídeos
Multidão se reúne para a despedida dos jovens
Moradores de São Joaquim da Barra, cidade localizada no interior do estado de São Paulo, iniciaram este sábado (22) ainda sob forte impacto da tragédia que vitimou 12 estudantes universitários em um grave acidente de trânsito.
O grupo retornava de ônibus da faculdade em Franca na última quinta-feira quando a colisão ocorreu. Em meio ao luto, familiares e amigos prestam homenagens às vítimas, enquanto a administração municipal se mobiliza para oferecer suporte nos trâmites funerários e na assistência às famílias.
Os sepultamentos foram organizados no Cemitério Municipal, sendo realizados individualmente, com o primeiro deles antecipado para as primeiras horas da manhã. As vítimas, com idades entre 17 e 26 anos, eram alunos da Universidade de Franca e haviam acabado de iniciar ou estavam em diferentes estágios da vida acadêmica.
O velório coletivo dos jovens tem sido marcado por muitas lágrimas, desespero e perguntas que não querem se calar, como o motivo de uma tragédia ceifar vidas precocemente. O acidente aconteceu na Rodovia Waldir Canevari, em um trecho de pista simples usado como alternativa devido à interdição de outra via que passa por obras em uma ponte. A colisão com um caminhão causou a destruição parcial do ônibus, resultando em múltiplas fatalidades e dezenas de feridos.
Além das 12 mortes confirmadas, 19 pessoas precisaram de atendimento médico. A maior parte delas foi levada para a Santa Casa de São Joaquim da Barra, recebendo alta ao longo da sexta-feira (20). Entre os feridos, uma estudante segue internada na UTI de uma unidade hospitalar da região, após sofrer traumatismo craniano. Seu estado de saúde é considerado estável.
O motorista do caminhão envolvido no acidente foi hospitalizado e, após receber alta, foi transferido para o sistema prisional. Ele teve a prisão preventiva decretada e responde por suspeita de omissão de socorro, tentativa de fuga, homicídio culposo e lesão corporal. O trabalho de resgate realizado pelos bombeiros e pela Polícia Militar Rodoviária foi encerrado por volta das 4h da sexta-feira. Durante esse período, a rodovia permaneceu bloqueada, sendo liberada ao tráfego apenas duas horas depois.
A tragédia gerou uma onda de comoção na cidade, que conta com aproximadamente 50 mil habitantes. O impacto da perda se espalha entre familiares, amigos e conhecidos dos jovens, que agora se despedem daqueles que tinham um futuro promissor pela frente. Entre os relatos de dor, há lembranças emocionadas de momentos compartilhados, de sonhos interrompidos e da saudade que ficará entre aqueles que os conheceram. O clima é de tristeza profunda, e a comunidade se une para oferecer apoio às famílias enlutadas.
O episódio reforça a necessidade de atenção redobrada em rodovias, especialmente em trajetos que são utilizados como alternativa devido a interdições. A segurança viária se torna um tema ainda mais urgente diante das vidas interrompidas de maneira tão trágica. Especialistas alertam que é essencial garantir melhores condições de tráfego nesses trechos, com maior fiscalização e infraestrutura adequada para evitar novas tragédias.
Além da dor da perda, as famílias das vítimas cobram justiça e mais rigor na punição dos responsáveis. Algumas delas já se mobilizam para exigir medidas que aumentem a segurança do transporte universitário, incluindo a melhoria das estradas e a ampliação de programas de fiscalização de motoristas profissionais. Organizações estudantis também manifestaram apoio e pretendem levar a discussão às autoridades estaduais.
Enquanto as investigações seguem para esclarecer o que levou à colisão, a cidade busca forças para lidar com a perda e homenagear a memória dos jovens que tiveram suas histórias abruptamente interrompidas. A Prefeitura decretou luto oficial de três dias, e escolas, igrejas e comunidades locais organizaram atos simbólicos em solidariedade às vítimas e suas famílias.
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