‘Não é um crime de oportunidade’: advogado da família de Vitória Regina defende que o crime ocorreu de forma passional; três suspeitos foram confirmados
A morte da adolescente Vitória Regina de Souza foi confirmada nesta quarta-feira (05/03), após a localização do corpo da jovem. Vitória estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho e não chegou em casa.
A adolescente, que trabalhava em um shopping em Cajamar, costumava retornar para casa de ônibus. Durante o trajeto naquela noite, ela trocou mensagens com uma amiga, demonstrando receio em relação ao comportamento de alguns jovens que encontrou no caminho até o ponto de ônibus.
Apesar da apreensão inicial, sua última mensagem à amiga foi de tranquilidade. Vitória mencionou que os rapazes que haviam chamado sua atenção não desceram no mesmo ponto que ela, dando a entender que não havia mais perigo. No entanto, após esse contato, a jovem não foi mais vista nem interagiu em suas redes sociais, o que aumentou a preocupação da família e levou ao início das buscas.
Nesta quarta-feira, o corpo da adolescente foi localizado em uma área de mata com o auxílio de cães farejadores. Segundo informações apuradas pela TV Globo, Vitória foi encontrada sem roupas e com os cabelos raspados, sinais que podem ser fundamentais para a linha de investigação da polícia. A cena do crime indica a possibilidade de violência extrema, o que reforça a hipótese de que o assassinato foi premeditado.
De acordo com o telejornal Cidade Alerta, da TV Record, a polícia já identificou três suspeitos envolvidos no crime. Dois deles já tiveram pedidos de prisão solicitados, e os investigadores trabalham para reunir provas conclusivas antes de efetuar novas detenções. Até o momento, as autoridades evitam divulgar mais detalhes para não comprometer as investigações.
Na noite desta quarta-feira, o advogado da família de Vitória falou à imprensa e confirmou que os suspeitos são pessoas conhecidas da vítima. Sem revelar nomes, ele explicou que esses indivíduos já haviam sido ouvidos pela polícia e foram liberados durante a fase inicial das buscas. O fato de estarem próximos à jovem levanta a possibilidade de que o crime tenha sido motivado por questões pessoais.
“Pessoas que foram ouvidas durante esse inquérito, como eu sempre falei desde o início, o caso corre sob sigilo”, disse o advogado. Ele ainda reforçou sua crença de que, quando a investigação for concluída, a identidade do autor não será uma surpresa. “Tudo leva a crer que foi um crime passional, não um crime de oportunidade”, afirmou.
Entre os interrogados pela polícia estão o atual namorado de Vitória e um ex-namorado, levantando a possibilidade de que o assassinato tenha sido cometido por vingança ou ciúmes. Investigadores agora analisam provas periciais, registros telefônicos e imagens de câmeras de segurança para traçar os últimos passos da vítima e identificar o autor do crime.
O caso gerou grande comoção na comunidade e entre os amigos da adolescente, que descrevem Vitória como uma jovem tranquila, dedicada ao trabalho e com muitos planos para o futuro. Diante da brutalidade do crime, familiares e moradores de Cajamar organizaram protestos pedindo justiça, além de maior segurança para mulheres que transitam sozinhas à noite.
Enquanto as investigações avançam, a polícia solicita que qualquer pessoa com informações relevantes entre em contato para ajudar a esclarecer o crime. A expectativa é que os responsáveis sejam identificados e presos o mais rápido possível, garantindo justiça para Vitória e sua família.
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