Mulher que morreu atropelada por carroça em praia de São Paulo, tem identidade exposta

O caso está sob investigação

Em meio a um cenário que deveria representar lazer e tranquilidade, uma tragédia envolvendo um veículo de tração animal terminou de forma devastadora no litoral paulista.

Casos de acidentes com charretes são incomuns, mas levantam importantes questionamentos sobre a segurança em locais turísticos, especialmente onde há a convivência entre pedestres, ciclistas e veículos alternativos.

O evento trágico aconteceu no município de Itanhaém, onde uma ciclista de 38 anos, que aproveitava um dia de descanso à beira-mar, teve sua vida interrompida por um episódio marcado por violência e desatenção.

O acidente ocorreu no último domingo, na faixa de areia próxima à Avenida Santa Cruz. A vítima, Thalita Danielle Hoshino, foi atropelada por uma charrete em alta velocidade.

Inicialmente, o caso foi registrado como lesão corporal, mas com o agravamento do quadro clínico da ciclista, as autoridades reclassificaram o inquérito como homicídio tentado.

Com a confirmação de sua morte, registrada na tarde de terça-feira (25), no Complexo Hospitalar Irmã Dulce, o caso será investigado como homicídio consumado, com a possibilidade de dolo eventual, indicando que o condutor teria assumido o risco de provocar o resultado.

Thalita teve lesões graves, incluindo a perda de um olho, e foi socorrida ainda consciente por uma amiga que a acompanhava. Após ser levada à Unidade de Pronto Atendimento de Itanhaém, ela foi transferida em estado crítico para o hospital em Praia Grande, onde não resistiu.

Testemunhas afirmam que a charrete trafegava em velocidade incompatível com o local e negam que o acidente tenha sido causado por descuido da vítima. A versão do condutor, que alegou não ter visto a ciclista, é contestada por quem presenciou o impacto.

O episódio ocorreu durante uma viagem de fim de semana em família, em que Thalita e o marido visitavam parentes junto de amigos. A notícia de sua morte gerou comoção e revolta, e os familiares da vítima buscam responsabilização judicial pelo ocorrido.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que o responsável pelo veículo foi ouvido e o caso está em andamento na Delegacia de Investigações Gerais do município.

A tragédia ressalta a urgência de medidas de regulamentação mais rígidas quanto ao uso de charretes em áreas de grande circulação de pessoas. A ausência de fiscalização e a falta de controle sobre a condução desses veículos representam riscos que, como neste caso, podem se mostrar fatais.

Diante da comoção gerada pelo caso, moradores e ciclistas da região começaram a organizar mobilizações para exigir maior controle sobre a circulação de charretes em áreas turísticas. Entre as propostas levantadas está a implementação de faixas específicas para esse tipo de transporte e a realização de vistorias periódicas nos veículos e condutores.

Especialistas em segurança viária destacam que a falta de regulamentação adequada para veículos de tração animal pode aumentar a incidência de acidentes graves. A necessidade de treinamento obrigatório para condutores e regras mais claras para a circulação desses meios de transporte são apontadas como medidas urgentes para evitar novas tragédias.

Enquanto a investigação segue seu curso, amigos e familiares de Thalita se despedem com homenagens emocionadas nas redes sociais. A ausência de informações sobre o velório e o sepultamento da vítima reforça o luto silencioso de uma família que, agora, busca justiça para transformar sua dor em um alerta para a sociedade.

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