Professora de 65 anos é atacada por família de aluno após ter cobrado tarefas não feitas
Professorada é atacada pela família de aluno em Salvador após conflito na escola
A violência contra educadores no Brasil tem sido uma questão crescente, e nesta quarta-feira, mais um caso grave gerou revolta em todo o país. Desta vez, a vítima foi a professora Célia Regina, de 65 anos, que foi agredida fisicamente por membros da família de um aluno na cidade de Salvador (BA), no bairro Resgate.
Segundo relato de Célia, o incidente começou quando ela cobrou de um aluno, de 7 anos, o não cumprimento de tarefas escolares. Ao ser questionado, o menino respondeu de forma desrespeitosa: “não copiei, e daí?”. Quando a professora pediu explicações sobre como iriam estudar, o garoto a agrediu com um tapa no rosto.
Após o ataque, Célia solicitou a presença da mãe do aluno, mas ela se recusou a ouvir a versão da professora. O cenário se agravou na semana seguinte, quando o estudante levou um celular para a escola com a intenção de filmar a professora. Ao pedir novamente a presença da mãe, Célia foi surpreendida não apenas pela mulher, mas também pelo parceiro da mãe, padrasto do aluno, e uma tia do menino.
A situação se tornou ainda mais violenta quando o padrasto puxou Célia pelos cabelos e a jogou no chão. A agressão se transformou em uma “sessão de tortura”, com chutes, puxões de cabelo e ameaças de morte e estupro. A professora também afirmou que o agressor estava portando um dispositivo de choque elétrico e que ameaçou matá-la, dizendo que nada aconteceria com ele, pois seria solto rapidamente após a audiência de custódia, enquanto ela ficaria em um caixão.
Célia, que foi agredida na frente de outros alunos, menores de idade, contou ainda que, após o ataque, tem evitado sair de casa devido ao trauma sofrido.
Versão da família
Em entrevista, a família do aluno se manifestou, mas preferiu não se identificar. A mãe do menino alegou que ele era alvo de maus-tratos por parte da professora, embora não tenha explicado as agressões físicas contra Célia. A professora registrou um boletim de ocorrência, e as investigações seguem em andamento.
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