Reviravolta: Médica morta durante ataque a tiros em MG teria sido vítima de tocaia planejada pelo próprio pai
O caso está sob investigação
A rotina tranquila da cidade de Itajubá, localizada na região Sul do estado de Minas Gerais, foi brutalmente interrompida com o assassinato de uma médica oftalmologista, ocorrido em plena luz do dia, nesta última segunda-feira (7).
Paula Sandri Frantz, de 33 anos, foi alvejada com seis disparos ao entrar em sua caminhonete, pouco depois do horário de almoço, em uma ação que chocou a comunidade local e gerou uma onda de indignação entre os moradores. A cena, que ocorreu em uma área movimentada da cidade, foi presenciada por diversos transeuntes, tornando o crime ainda mais macabro e inesperado para todos.
Natural de Mato Grosso do Sul, Paula trabalhava no Hospital de Clínicas de Itajubá desde o ano de 2023. Segundo informações preliminares, ela foi vítima de um crime premeditado, que teria sido motivado por um suposto golpe financeiro envolvendo dados pessoais da vítima. A investigação, que está sendo conduzida sob sigilo pela Polícia Civil de Minas Gerais, aponta que o assassinato tem relação com uma fraude que envolveu a venda de um trator. O negócio inicialmente teria sido fechado por R$ 700 mil, mas foi concretizado por menos da metade desse valor, o que levantou suspeitas sobre a participação de Paula na transação.
O suposto golpe financeiro, no qual Paula foi aparentemente envolvida sem o seu consentimento, fez com que ela se tornasse alvo de um crime planejado com antecedência. Um dos suspeitos, que confessou o assassinato, relatou que ele e o pai da vítima haviam se conhecido enquanto estavam presos em Campo Grande, no ano de 2022. Durante esse período de detenção, ambos teriam planeado o assassinato, o que adiciona um elemento ainda mais macabro à história.
As investigações avançaram rapidamente. Poucas horas após o assassinato, a Polícia conseguiu localizar e prender um homem de 25 anos e um adolescente de 16 anos na rodovia MG-350, em Delfim Moreira, município vizinho. A dupla estava armada com uma pistola calibre 7,65 mm e, após a prisão, confessou a autoria do homicídio. De acordo com os depoimentos, eles haviam chegado à cidade dias antes para planejar a execução. Hospedados em um hotel, sabiam detalhadamente a rotina de Paula e aguardavam o momento certo para agir. O adolescente revelou que receberia R$ 20 mil pelo crime, o que levanta mais perguntas sobre os motivos por trás dessa execução brutal.
O assassinato de Paula causou uma comoção profunda em Itajubá, onde ela era bem conhecida pelo seu trabalho dedicado na medicina e pelo carinho que tinha pelos seus pacientes. Ela era descrita como uma pessoa extremamente profissional e humana, sempre disposta a ajudar a comunidade. Seu enterro, realizado no Cemitério Municipal na tarde seguinte ao crime, foi marcado por uma grande quantidade de pessoas que prestaram sua última homenagem à médica, ainda chocadas pela crueldade da ação.
Além de um crime violento, o caso levanta sérias preocupações sobre a crescente ousadia da criminalidade organizada e sobre como informações pessoais podem ser facilmente manipuladas para dar origem a esquemas fraudulentos, com desfechos violentos e trágicos. A sociedade, em estado de choque, aguarda respostas concretas e justiça para que o crime não fique impune, e que outras vidas não sejam tomadas de forma tão brutal.
A repercussão do caso foi imediata, com moradores e colegas de profissão pedindo mais segurança e mais rigor nas investigações, não apenas para esclarecer os detalhes deste crime, mas também para evitar que tragédias como essa se repitam. O caso de Paula Sandri Frantz se tornou um símbolo da vulnerabilidade em que todos podem se encontrar diante de esquemas fraudulentos e de uma criminalidade cada vez mais violenta e impune.
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