Grave colisão deixa homem e bebê sem vida; motorista de caminhonete não tinha habilitação
Acidente aconteceu na manhã desta segunda, 14 de abril
Graves acidentes de trânsito seguem marcando de forma trágica o cotidiano brasileiro, revelando os altos custos da imprudência e da negligência nas estradas. Em segundos, vidas são interrompidas de forma abrupta, deixando famílias devastadas e uma sociedade em constante alerta sobre os perigos do desrespeito às leis de trânsito.
O mais recente episódio, ocorrido em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife, expôs com brutalidade a fragilidade da vida humana. Entre as vítimas, estava uma bebê de apenas um mês de vida, cuja morte causou comoção nacional pela dor e pelo simbolismo da inocência perdida.
Na manhã desta segunda-feira, por volta das 7h, um carro modelo Parati colidiu violentamente com uma caminhonete Hilux na subida dos Montes Guararapes. O impacto foi fatal para o jovem motorista da Parati, Shyrhwan Dayvid Jhonson Breno F. da Silva, de apenas 18 anos, e para a pequena Estela, que estava no mesmo veículo.
Imagens aéreas registradas logo após a colisão mostram a Parati com a lateral completamente destruída, revelando a violência do acidente. Outras duas ocupantes do carro, uma mulher de 20 anos e uma criança de dois anos, foram socorridas com vida e encaminhadas ao Hospital da Restauração, no centro do Recife. Ambas sofreram múltiplos ferimentos e seguem em estado estável.
A mulher teve traumatismo craniano, e a criança apresenta fraturas nas pernas. O estado de saúde das duas ainda inspira cuidados, mas a sobrevivência já é considerada um alento em meio ao cenário de perda irreparável.
A revolta aumentou com a confirmação de que o condutor da Hilux, William Alves de Araújo, também de 18 anos, não possuía carteira de habilitação. Ele foi preso em flagrante, assim como o dono do veículo, que permitiu que ele conduzisse o carro. Ambos responderão por homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de causar morte ao descumprir regras básicas de responsabilidade.
A tragédia expõe falhas graves na fiscalização e no cumprimento das normas que deveriam proteger vidas. A condução de veículos por pessoas não habilitadas não é um erro leve — é uma infração que pode custar caro, como neste caso, que destruiu uma família e levou à morte uma criança com poucos dias de vida.
Especialistas em trânsito reforçam que a educação e a conscientização ainda são os caminhos mais eficazes para reverter esse quadro alarmante. Campanhas educativas precisam ser contínuas, e a fiscalização deve ser rigorosa, especialmente entre jovens condutores, faixa etária que ainda apresenta altos índices de imprudência.
Enquanto isso, a dor dos familiares se soma à indignação de uma sociedade cansada de ver tragédias previsíveis se repetirem. Que a memória de Estela, tão breve e tão impactante, sirva de alerta e de impulso para mudanças urgentes nas políticas de trânsito e na cultura da responsabilidade ao volante.
Deixe um comentário