Policia relata o que motivou mulher a envenenar ovo de Páscoa que matou criança de 7 anos
Menino de 7 anos morre após comer ovo de Páscoa envenenado no Maranhão; crime foi motivado por ciúmes
Na última quarta-feira, 16 de abril, um caso chocante abalou Imperatriz, no Maranhão, e gerou revolta em todo o país. O pequeno Luís Fernando, de apenas 7 anos, morreu após consumir um ovo de Páscoa que chegou à sua casa como um presente anônimo. O chocolate, no entanto, estava contaminado com uma substância venenosa.
O ovo foi entregue por um motoboy, acompanhado de um bilhete simples: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”. A destinatária era a mãe da criança, Mirian, de 32 anos, que também ingeriu o doce junto à filha Evelyn, de 13 anos. Ambas passaram mal logo após o consumo e permanecem internadas em estado grave na UTI do Hospital Municipal de Imperatriz.
A investigação conduzida pela Polícia Civil avançou rapidamente e identificou Jordélia Pereira Barbosa como a principal suspeita do crime. Ex-namorada do atual companheiro de Mirian, Jordélia teria planejado o envenenamento movida por ciúmes e desejo de vingança. Ela foi presa em flagrante ao retornar à cidade de Santa Inês, onde tentou se esconder após a ação criminosa.
Segundo a polícia, a suspeita utilizou perucas e artifícios para não ser reconhecida ao comprar os chocolates em uma loja da cidade. As imagens de câmeras de segurança e o rastreamento do motoboy foram cruciais para desvendar a autoria do crime. Com Jordélia, foram encontrados remédios controlados, trechos do chocolate e outros elementos que reforçam sua ligação direta com o envenenamento.
O que mais choca neste caso é a frieza e o simbolismo do ato. Um presente geralmente associado à celebração e à infância foi transformado em instrumento de morte. A comunidade local está em estado de comoção e ainda tenta compreender a dimensão da tragédia que tirou a vida de uma criança inocente.
Especialistas em comportamento criminal destacam que o uso de doces como arma revela um alto grau de premeditação e desumanidade. A motivação passional somada ao planejamento meticuloso torna o caso ainda mais alarmante, reacendendo discussões sobre crimes motivados por ciúmes e descontrole emocional, especialmente em contextos de relacionamentos mal resolvidos.
A Polícia Civil aguarda os resultados do laudo pericial para confirmar a substância utilizada no envenenamento. A apuração também busca identificar se houve participação de outras pessoas ou se Jordélia agiu sozinha. A expectativa é que o inquérito seja concluído nos próximos dias, com denúncia formal sendo encaminhada ao Ministério Público.
A prisão da suspeita trouxe certo alívio à população de Imperatriz, mas não apaga a dor da perda nem as marcas deixadas por um crime que chocou o país. Enquanto mãe e filha seguem lutando pela vida, o caso já é tratado como um dos mais cruéis registrados recentemente no estado.
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