Depois de receber ovo de Páscoa envenenado que matou menino de 7 anos, mãe da criança atendeu ligação misteriosa: ‘Você vai saber quem é’
Ligação misteriosa antecedeu envenenamento que matou criança de 7 anos no Maranhão
O que deveria ser uma doce celebração de Páscoa transformou-se em uma tragédia devastadora para uma família de Imperatriz, no Maranhão. Na noite da última quarta-feira, 16 de abril, Mirian Lira recebeu em sua residência um ovo de Páscoa entregue por um motoboy — um presente aparentemente inocente, mas que escondia um veneno fatal.
Momentos após a entrega, Mirian recebeu uma ligação de uma mulher não identificada. Do outro lado da linha, a voz perguntou se ela havia recebido o ovo e, em tom enigmático, finalizou com a frase: “Você vai saber quem é”, antes de desligar abruptamente. A ligação, somada à ausência de remetente e a um bilhete com uma breve mensagem de “Feliz Páscoa”, acendeu o alerta sobre a verdadeira intenção por trás do presente.
Sem desconfiar do conteúdo, Mirian compartilhou o ovo com seus dois filhos, Luís Fernando, de 7 anos, e Evelyn, de 13. Pouco tempo depois, Luís começou a apresentar sintomas graves de intoxicação. Foi levado com urgência ao hospital, mas infelizmente não resistiu. Em seguida, a mãe e a filha também passaram mal, com sinais claros de envenenamento, como extremidades arroxeadas e dificuldade para respirar. Ambas foram internadas e permanecem em estado delicado.
A Polícia Civil tratou o caso como prioridade desde o início. Amostras do chocolate foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística de Imperatriz para identificar a substância utilizada. Investigações apontam para um crime premeditado e cruel, alimentado por motivações pessoais. Uma das principais suspeitas é Jordélia Pereira Barbosa, ex-namorada do atual companheiro de Mirian, que já foi detida em Santa Inês e pode ter ligação direta com o crime.
O episódio levanta questões importantes sobre os riscos de violência motivada por vingança e ciúmes. A entrega do presente, o telefonema ameaçador e o veneno camuflado evidenciam um nível de planejamento perturbador. A Polícia investiga ainda se há outros envolvidos e tenta rastrear todas as ligações feitas à vítima nos dias que antecederam o crime.
Especialistas em comportamento criminal apontam que atos como este, embora raros, refletem uma escalada perigosa de conflitos emocionais mal resolvidos, que ultrapassam os limites da razão. O uso de um símbolo afetivo como o ovo de Páscoa para cometer um crime tão bárbaro demonstra não só frieza, mas também um desejo de causar sofrimento emocional profundo.
Enquanto a comunidade de Imperatriz permanece em choque, familiares de Luís Fernando vivem um luto marcado por dor e incerteza. A sociedade, por sua vez, acompanha o desenrolar das investigações com atenção, esperando que a justiça seja feita e que tragédias como essa sirvam de alerta para os perigos que podem estar disfarçados em gestos aparentemente inocentes.
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