Empresário tira a vida da companheira, enteada e atenta contra si mesmo no RS; criança de 9 anos ainda fugiu após saltar sacada

Tragédia em Ronda Alta: homem tira a própria vida após matar companheira e enteada

Na manhã de segunda-feira, 21 de abril de 2025, a cidade de Ronda Alta, no norte do Rio Grande do Sul, foi palco de uma tragédia que chocou a comunidade local. Um empresário de 49 anos, identificado como Juliano Henn, é suspeito de ter matado a companheira, Leobaldina Rocha Lyrio, de 41 anos, e a enteada, Diênifer Rauani Lyrio Gonçalves, de apenas 14 anos. Em seguida, ele teria atentado contra a própria vida.

De acordo com informações da Polícia Civil, os crimes ocorreram dentro do apartamento onde a família vivia. A principal linha de investigação aponta para um caso de feminicídio seguido de suicídio. As vítimas teriam sido atacadas com uma faca, arma que também foi usada pelo agressor para tirar a própria vida.

Uma criança de 9 anos, filha de Leobaldina, presenciou o início da agressão e conseguiu escapar ao pular da sacada do primeiro andar. Apesar da queda, a menina sofreu apenas ferimentos leves e está sob os cuidados de familiares e amigos próximos. Em depoimento às autoridades, ela relatou que a briga entre o casal evoluiu rapidamente, e que sua irmã foi esfaqueada ao tentar proteger a mãe.

Segundo vizinhos, o casal aparentava ter uma relação tranquila, e não havia registros anteriores de violência doméstica. Eles estavam juntos há cerca de um ano e haviam se mudado recentemente para o apartamento, em dezembro de 2024. A tragédia pegou todos de surpresa e deixou a comunidade profundamente abalada.

O caso expõe uma triste realidade vivida por muitas mulheres no Brasil, onde os índices de feminicídio continuam alarmantes. Mesmo em relacionamentos aparentemente estáveis, a violência pode surgir de forma inesperada e devastadora. A ausência de registros formais de agressão anteriores não significa que os sinais de perigo não existiam.

Especialistas apontam que o isolamento social, dificuldades econômicas e questões emocionais mal resolvidas podem contribuir para o agravamento de conflitos domésticos. No entanto, nenhuma dessas razões justifica ou ameniza a gravidade do crime. O combate à violência contra a mulher deve ser constante, com políticas públicas eficazes, educação de qualidade e redes de apoio fortalecidas.

É fundamental reforçar que existem canais de acolhimento e denúncia disponíveis para quem está em situação de risco. O número 180 é um serviço gratuito, sigiloso e disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana. Se você ou alguém que conhece está passando por uma situação de violência, não hesite em buscar ajuda.

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