Adolescente que comeu ovo de Páscoa envenenado morre seis dias depois do irmão de 7 anos

Envenenamento com ovo de Páscoa no Maranhão choca o país e revela crime premeditado

Um dos casos mais chocantes do ano no Brasil aconteceu no Maranhão e envolveu o envenenamento de uma família após o consumo de um ovo de Páscoa. Evely Fernanda, de apenas 13 anos, faleceu após seis dias de luta em uma UTI. O episódio, marcado por dor e indignação, gerou comoção nacional e levantou um alerta sobre os perigos que podem estar escondidos até nos gestos mais simples.

A tragédia teve início na noite da quarta-feira, 16 de abril, quando um motoboy entregou à família um ovo de Páscoa com um bilhete aparentemente afetuoso: “Com amor, para Mirian Lira”. Sem imaginar o perigo, a mãe Mirian, sua filha Evely e o pequeno Luís Fernando, de 7 anos, consumiram o chocolate. Pouco tempo depois, o menino passou mal e morreu poucas horas após dar entrada no hospital.

Na sequência, tanto Mirian quanto Evely apresentaram sintomas graves. Mirian sobreviveu após dias de internação, mas Evely não resistiu. Os médicos diagnosticaram choque vascular e falência múltipla de órgãos, sinais compatíveis com envenenamento severo. O caso, que já era tratado como suspeito, passou a ser investigado como homicídio qualificado.

A Polícia Civil prendeu Jordélia Pereira Barbosa, ex-companheira do atual marido de Mirian. Movida por ciúmes e desejo de vingança, Jordélia teria planejado o crime minuciosamente. Ela usou documentos falsos para se hospedar em um hotel em Imperatriz, disfarçou-se com perucas e chegou a realizar uma falsa demonstração de chocolates, tentando encobrir a origem do presente fatal.

As investigações encontraram provas materiais que indicam o envolvimento direto de Jordélia no crime. Resíduos do mesmo tipo de chocolate, objetos usados no disfarce e imagens de câmeras de segurança reforçaram os indícios de premeditação. A suspeita nega ter colocado veneno no ovo, mas os laudos periciais em andamento deverão confirmar o tipo de substância utilizada.

O caso escancarou não apenas um crime brutal, mas também uma realidade preocupante: a facilidade com que atos de violência extrema podem ser disfarçados sob gestos de afeto. A comoção social se intensificou com homenagens a Evely e campanhas que pedem justiça nas redes sociais.

Especialistas destacam que esse tipo de crime, envolvendo premeditação e disfarce, exige não apenas punição severa, mas também a ampliação dos debates sobre saúde mental, ciúmes patológicos e os perigos do uso da violência como resposta a frustrações emocionais. O caso de Evely reforça a necessidade de fortalecer os canais de denúncia e prevenção de crimes passionais.

Enquanto a perícia avança, a dor da perda permanece para os familiares, que agora lutam para encontrar alguma forma de consolo em meio a uma tragédia que nunca deveria ter acontecido. A expectativa é que a justiça seja feita e que histórias como essa sirvam de alerta para que mais vidas não sejam perdidas de forma tão cruel.

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