Suspeito tirou a vida de avó e neta depois de achar apenas 100 reais dentro da casa delas; ele deixou recado na parede das vítimas
Crime brutal em Jataizinho: homem mata avó e neta após encontrar apenas R$ 100 em roubo frustrado
Um crime bárbaro abalou a tranquilidade de Jataizinho, no norte do Paraná, após os corpos de Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e de sua neta Ana Carolina Almeida Anacleto, de apenas 11 anos, serem encontrados em sua residência. O principal suspeito, João Vitor Rodrigues, de 24 anos, conhecido como “Vitinho”, confessou o duplo homicídio durante uma tentativa de roubo que terminou em tragédia.
Vitinho, que cumpria pena em regime semiaberto por tráfico de drogas, invadiu a casa das vítimas na madrugada de 22 de março, em busca de dinheiro e objetos de valor. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o suspeito afirmou que pretendia apenas furtar, mas, ao encontrar apenas R$ 100, resolveu acordar as moradoras para exigir mais bens. O medo de ser reconhecido — já que as vítimas eram suas vizinhas — motivou os assassinatos.
De acordo com o delegado Vitor Dutra, responsável pela investigação, Marley foi amarrada em sua cama e morta com cortes profundos na garganta. Em seguida, Vitinho levou a criança até o banheiro, retornando com ela ao quarto, onde também a matou. Antes de fugir, ele usou o perfume da vítima na tentativa de encobrir rastros e escreveu na parede a frase “Desculpa mãe Marcos”, cujo significado ainda está sendo apurado.
O caso causou forte comoção na cidade, especialmente pela brutalidade do crime e pelo fato de Vitinho ser conhecido no bairro. Ana Carolina era uma menina alegre, que brincava frequentemente com a sobrinha do autor do crime, o que torna a tragédia ainda mais difícil de compreender para a comunidade local.
A população de Jataizinho tem cobrado das autoridades uma revisão nas regras do regime semiaberto, já que Vitinho cometeu o crime poucos momentos após sair da prisão. Moradores exigem maior controle sobre os apenados e questionam a eficácia do sistema de monitoramento de condenados que, mesmo com antecedentes, circulam livremente pelas ruas.
Especialistas em segurança pública destacam que esse tipo de crime evidencia falhas estruturais no sistema penal brasileiro, especialmente na reintegração de detentos à sociedade. Sem acompanhamento psicológico, capacitação profissional ou fiscalização efetiva, muitos acabam reincidindo em crimes violentos, com impactos devastadores para famílias inocentes.
Vitinho segue preso e à disposição da Justiça. A cidade, ainda abalada, espera por um desfecho que traga ao menos a sensação de justiça para os familiares e amigos das vítimas. Enquanto isso, cresce a pressão por políticas públicas mais rígidas e efetivas para evitar que tragédias como essa se repitam.
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