Jovem de 22 anos morre de forma trágica durante colheita de açaí em fazenda no interior de SP

Tragédia reforça a urgência por segurança e uso de EPIs no trabalho rural

A colheita de açaí, assim como diversas outras atividades no meio rural, demanda atenção redobrada quanto à segurança dos trabalhadores. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a adoção de práticas seguras são fundamentais para evitar acidentes que, infelizmente, ainda são comuns nesse setor.

Um episódio trágico ocorrido no município de Cajati, interior de São Paulo, evidenciou a gravidade da situação. Diana Francine dos Santos Rodrigueiro, de apenas 22 anos, perdeu a vida após sofrer uma descarga elétrica enquanto colhia açaí em uma fazenda da região. O caso chocou a comunidade e levantou importantes discussões sobre as condições de trabalho enfrentadas por trabalhadores rurais.

Diana manuseava uma haste de alumínio para a colheita quando tocou acidentalmente em uma fiação elétrica exposta. O choque foi fatal. A jovem, que havia sido recentemente deslocada para essa função, não havia recebido o treinamento necessário para exercer a atividade com segurança, conforme relatado por familiares.

Além disso, segundo denúncia da madrasta da vítima, não havia supervisão adequada nem fornecimento de EPIs para os funcionários da Fazenda Palmavalle, onde ocorreu o acidente. As falhas no ambiente de trabalho, incluindo a ausência de isolamento da área de risco e a continuidade das atividades mesmo após a tragédia, indicam sérias negligências por parte da empresa.

A jovem chegou a ser levada ao pronto-socorro da cidade, mas já estava sem vida. O caso gerou comoção e revolta, principalmente pela falta de apoio à família e pela manutenção das operações da fazenda em condições que colocam outros trabalhadores em risco iminente.

Diante de episódios como este, é imprescindível que empresas do setor agrícola reforcem seus protocolos de segurança e assumam sua responsabilidade na proteção de seus funcionários. Não se trata apenas de cumprir exigências legais, mas de preservar vidas.

Além da fiscalização por parte dos órgãos competentes, é fundamental que haja investimento contínuo em treinamentos específicos, tanto para novas contratações quanto para a realocação de funções. Os trabalhadores precisam compreender os riscos que enfrentam e saber como evitá-los.

Por fim, a cultura da segurança no campo deve ser promovida como prioridade. A valorização da vida e o respeito à dignidade do trabalhador rural devem estar acima de qualquer interesse produtivo. Que o caso de Diana não seja apenas mais uma estatística, mas um marco para mudanças reais e urgentes no setor.

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