“Meu filho morreu ali, roxo”: desolada e revoltada, família denuncia negligência em atendimento após queda em escola de SC
Menino de 8 Anos Morre Após Queda em Escola e Família Denuncia Negligência Médica
O que era para ser apenas mais um dia comum de aula terminou em tragédia para uma família de Santa Cecília, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Um menino de apenas 8 anos morreu dias após sofrer uma queda durante uma atividade na escola, e agora os familiares denunciam negligência no atendimento médico e descaso das autoridades.
Segundo o relato da mãe, o acidente ocorreu na terça-feira, dia 21 de maio, quando o menino caiu na quadra da escola e bateu com o rosto no chão. Ainda no local, ele relatou dor intensa nos olhos, mas, conforme a família, não recebeu a devida atenção por parte dos responsáveis.
“Ele me dizia o tempo todo: ‘mãe, eu caí na quadra e bati com a cara no chão’”, contou a mãe, emocionada, em entrevista ao ND Mais. No dia seguinte, o menino acordou gritando de dor. No entanto, o primeiro atendimento médico limitou-se a examinar a garganta e os ouvidos, descartando algo mais grave.
Apesar do inchaço crescente no rosto e nos olhos, o diagnóstico inicial permaneceu superficial. “Disseram que não era nada”, relatou a mãe. Apenas quando o quadro já havia se agravado, a criança foi encaminhada para uma tomografia e, em seguida, internada.
Segundo a família, houve demora na autorização para transferência a outro hospital. No trajeto da ambulância, o menino desmaiou no colo da avó. Ao chegar à emergência, já inconsciente, não resistiu mesmo após tentativas de reanimação.
“O que mais dói é saber que, enquanto falavam de papelada, meu filho morreu ali, roxo, sem atendimento urgente”, desabafou a mãe, em luto e indignação.
A Polícia Civil abriu inquérito e aguarda os laudos da Polícia Científica para apurar as responsabilidades. Em nota, a Prefeitura de Santa Cecília afirmou confiar nos servidores envolvidos, mas disse que está colaborando com as investigações.
Outro ponto que gerou revolta na família foi o acionamento tardio do Conselho Tutelar, que só foi chamado dois dias após o acidente. Agora, os pais lutam por justiça e exigem acesso às imagens de câmeras de segurança da escola. “Meu filho gritava de dor e ninguém fez nada”, concluiu a mãe, inconformada com a perda.
Deixe um comentário