Menino de 7 anos não resiste depois de se cortar com linha de cerol; prefeitura toma decisão drástica e radical na cidade
Tragédia em Ribeirão Preto: menino de 7 anos morre após acidente com linha de pipa com cerol
Uma brincadeira aparentemente inocente terminou em tragédia na tarde da última segunda-feira (2), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Radyel Kelvin Lima da Silva, de apenas 7 anos, perdeu a vida após ser atingido por uma linha de pipa com cerol, mistura cortante feita com cola e vidro moído.
O menino, aluno da rede municipal de ensino, havia saído de casa para andar de bicicleta pelas ruas do bairro Jardim Zara, pouco depois de retornar da escola. No caminho, encontrou uma pipa caída e, como muitas crianças fariam, recolheu o brinquedo. Sem saber do risco, enrolou parte da linha no peito e pescoço enquanto pedalava.
Pouco depois, a linha — que continha cerol — se enroscou na bicicleta e provocou um corte profundo. O menino foi socorrido e levado com urgência à UPA Leste, mas não resistiu aos ferimentos.
A morte de Radyel causou forte comoção entre familiares, colegas e moradores do bairro. Em sinal de luto e respeito, a Prefeitura de Ribeirão Preto suspendeu temporariamente as aulas na escola onde o menino estudava.
Diante do ocorrido, o município anunciou que intensificará a fiscalização em estabelecimentos comerciais para coibir a venda ilegal de linhas com cerol ou similares, como a linha chilena — ainda mais cortante. A população foi orientada a denunciar pontos de venda irregulares por meio do telefone 153, da Guarda Civil Metropolitana.
Alerta para um perigo real
A morte de Radyel reacende um alerta urgente sobre os riscos do uso de cerol. Embora sua aplicação em linhas de pipa seja antiga, sua letalidade é amplamente conhecida. Casos fatais envolvendo motociclistas, ciclistas e pedestres têm se repetido em várias regiões do país.
Especialistas e autoridades reforçam que a utilização do cerol é crime e representa perigo à vida — não só de quem empina pipa, mas de qualquer pessoa que cruze o caminho da linha cortante.
A tragédia de Ribeirão Preto deixa uma cidade em luto e uma família devastada, mas também precisa servir como ponto de partida para ações educativas, preventivas e legais que impeçam que outras infâncias sejam interrompidas de forma tão brutal.
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