Assessora jurídica que morreu atropelada em meio à confusão em bar, é identificada
Jovem é morta ao tentar impedir confusão em bar de Rio Branco
O caso aconteceu na madrugada do último sábado, 21 de junho, e deixou uma marca profunda em toda a comunidade. Em meio ao caos e à confusão, o pior cenário se concretizou — mesmo para quem não tinha envolvimento direto na briga. Juliana Chaar, uma jovem determinada, cheia de sonhos e planos, acabou perdendo a vida ao tentar evitar que uma situação já tensa se agravasse ainda mais.
O que era para ser apenas mais uma noite entre amigos se transformou em tragédia. Juliana, formada em Direito e atuando como assessora jurídica no Tribunal de Justiça do Acre, estava em um bar em Rio Branco quando presenciou um desentendimento que rapidamente saiu do controle. Na tentativa de ajudar a conter os ânimos, viu-se no meio de uma sequência de eventos violentos que terminaram de forma cruel.
Durante a confusão, seu amigo, o advogado Keldheky Maia, efetuou disparos em via pública, provocando pânico generalizado. No meio da correria e do desespero, Juliana foi atingida por uma caminhonete conduzida por Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos. Segundo testemunhas e imagens de câmeras de segurança, o atropelamento teria sido intencional.
Ela ainda foi socorrida e levada ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos. A notícia de sua morte espalhou-se rapidamente, provocando comoção entre familiares, amigos, colegas e até pessoas que não a conheciam pessoalmente. Juliana era reconhecida por sua gentileza, seu senso de justiça e sua dedicação ao próximo — características que definiram não só sua trajetória profissional, mas também seu último gesto de coragem.
O luto tomou conta das redes sociais. A população se uniu em indignação e tristeza, exigindo respostas e, sobretudo, justiça. O presidente da OAB-AC, Rodrigo Aiache, lamentou profundamente a perda e ressaltou o impacto humano e institucional da tragédia. Para ele, Juliana representava o melhor da juventude jurídica do Acre.
A repercussão do caso levantou importantes reflexões sobre os limites da violência urbana, o papel das autoridades em ambientes de lazer e a urgência de políticas públicas que garantam segurança à população. Não se trata apenas de encontrar e punir os responsáveis, mas de questionar o tipo de sociedade que estamos construindo, onde atos impensados tiram vidas preciosas em segundos.
Juliana sonhava com um futuro de justiça, paz e contribuição para a coletividade. Seu assassinato simboliza uma falha social que vai além dos envolvidos diretamente. É uma dor que pertence a todos — porque em cada Juliana há uma filha, uma amiga, uma profissional dedicada, cuja história foi interrompida de forma brutal e precoce.
Agora, caberá à Justiça transformar essa dor em ação. A responsabilização dos culpados é urgente, mas igualmente importante é a preservação da memória de Juliana como símbolo de empatia, coragem e humanidade. Que sua morte não seja em vão, e que seu último ato — o de tentar evitar mais violência — inspire mudanças reais e duradouras.
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