Irmã de Juliana Marins escreve uma comovente carta de despedida em suas redes sociais: ‘Desculpas por não ter sido suficiente’

“Você valia por dez”: carta de despedida da irmã de Juliana Marins comove o país

A dor da perda encontrou voz no desabafo de Mariana Marins, irmã da jovem publicitária Juliana Marins, que faleceu tragicamente após cair de um penhasco durante uma trilha em um vulcão na Indonésia. Mariana, escritora e ativista, usou as redes sociais para compartilhar sua angústia e prestar uma emocionante homenagem à irmã, cuja partida abalou o país e gerou comoção coletiva.

Juliana, de apenas 26 anos, foi encontrada morta na terça-feira, 24 de junho, quatro dias após o acidente. A demora no resgate e as circunstâncias do local — conhecido por seu alto risco e histórico de acidentes com turistas — aumentaram ainda mais a revolta e a tristeza em torno do caso.

No dia em que a morte de Juliana foi confirmada, Mariana publicou uma carta aberta em seu perfil, repleta de lembranças, dor e amor. Logo no início, ela resgata a memória de um desejo de infância: aos quatro anos, pediu aos pais por dez irmãs. Um ano depois, com o nascimento de Juliana, sentiu que não precisava de mais ninguém: “Você valia por dez”, escreveu.

A carta segue em tom profundamente pessoal e tocante. Mariana relembra como ensinou a irmã a andar de bicicleta, a tocar violão, e como ambas eram parceiras inseparáveis em todas as fases da vida. O trecho mais doloroso, no entanto, é o que expressa sua impotência diante da tragédia: “A gente sempre dizia que moveria montanhas uma pela outra, e daqui do Brasil, tentei mover uma lá na Indonésia por você. Desculpa não ter sido suficiente, irmã”.

No encerramento da carta, Mariana compartilha um vazio que ecoa no coração de todos que já perderam alguém querido: como seguir em frente sem aquela presença insubstituível? Ela se pergunta como será envelhecer sem a irmã ao seu lado, e afirma que a vida sem Juliana será, inevitavelmente, muito mais difícil.

A despedida de Juliana Marins ultrapassou o círculo familiar e comoveu milhares de pessoas nas redes sociais. Amigos, desconhecidos e internautas sensibilizados acompanharam os dias de busca e se uniram em solidariedade à família. Muitos manifestaram indignação com a falta de estrutura e a demora das autoridades locais no resgate da jovem.

O caso também reacendeu debates sobre a segurança de trilhas turísticas internacionais e a necessidade de maior assistência a brasileiros em situações de risco fora do país. Para além das discussões, permanece o legado de amor e cumplicidade entre duas irmãs, e a força de uma carta que transformou o luto em poesia, e a dor em memória viva.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *