Idosas de 71 e 72 anos de idade tem suas vidas tiradas por briga banal em SC
Discussão sobre poste de energia termina em tragédia: duas idosas são mortas a tiros em SC
Um crime que choca pela brutalidade e pela motivação banal foi registrado na última sexta-feira, dia 27 de junho, em Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Duas idosas foram assassinadas a tiros após uma discussão envolvendo a instalação de um poste de energia elétrica em frente à residência onde moravam.
As vítimas, identificadas como Vera Beatriz Lopes, de 72 anos, e Vilma Albertina Andrade Lopes, de 71, foram mortas em frente de casa, após tentarem impedir que técnicos da Celesc — concessionária de energia do estado — realizassem o serviço. O desentendimento, inicialmente visto como pontual, parecia ter sido resolvido, mas acabou tomando proporções trágicas.
Pouco tempo depois da discussão, três homens chegaram ao local: o vizinho das vítimas, Luiz Augusto Becker, de 73 anos, e seus dois filhos, Augusto Carlos Manosso Becker, de 37, e Luiz Fabrício Manosso Becker, de 30. Armados, eles confrontaram as idosas e efetuaram disparos fatais. A maioria dos tiros atingiu as vítimas na cabeça, evidenciando a violência e precisão do ataque.
Durante a ação, um funcionário da Celesc foi baleado na perna, e uma mulher que alugava parte da casa conseguiu escapar com duas crianças após quase ser atingida. A cena de terror terminou com os autores fugindo do local e permanecendo foragidos por três dias, até se apresentarem voluntariamente à polícia, acompanhados por um advogado. Nenhum deles prestou depoimento até o momento, optando por permanecer em silêncio. As armas utilizadas no crime ainda não foram localizadas.
Apesar de não possuírem antecedentes criminais, os três homens agora respondem por duplo homicídio qualificado e duas tentativas de homicídio. O caso levanta questionamentos profundos sobre como tensões mal resolvidas entre vizinhos podem escalar até consequências irreversíveis, especialmente quando somadas à facilidade de acesso a armas de fogo.
A tragédia também reacende o debate sobre saúde mental e o papel da mediação de conflitos cotidianos. Muitas disputas de vizinhança poderiam ser resolvidas de maneira pacífica se houvesse canais adequados de diálogo e suporte psicológico. A ausência de empatia, aliada a sentimentos de rancor e impulsividade, transforma conflitos triviais em catástrofes.
O impacto emocional desse crime ultrapassa os limites da rua onde tudo aconteceu. A comunidade está abalada, e o caso serve como alerta para o perigo de reações desproporcionais diante de conflitos menores. É urgente que autoridades, vizinhanças e a sociedade em geral promovam a cultura da não violência e busquem meios de prevenir novos episódios tão brutais quanto este.
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