Querida professora que perdeu a vida após grave colisão com caminhão na SC-283 é identificada
Acidente fatal na SC-283 reacende discussão sobre segurança nas estradas estaduais
O tráfego nas rodovias brasileiras, sobretudo nas estaduais, permanece como um dos maiores desafios à segurança pública. Todos os dias, motoristas enfrentam perigos como ultrapassagens arriscadas, vias mal sinalizadas, trechos estreitos e infraestrutura deficiente — uma combinação que transforma o simples ato de dirigir em uma roleta de riscos.
Segundo dados da Polícia Rodoviária, milhares de colisões são registradas anualmente no país, ceifando vidas e deixando marcas profundas em famílias inteiras. Uma dessas histórias, marcada pela dor e comoção, ocorreu no final da tarde desta última terça-feira, 8 de julho, na SC-283, no município de Guatambu, Oeste de Santa Catarina.
A vítima foi Mariana Furini, de 37 anos, natural de Nonoai, no Rio Grande do Sul. Professora dedicada da área de contabilidade, ela lecionava a disciplina de Contabilidade de Custos em uma faculdade na cidade de Palmitos. Mariana era conhecida por sua serenidade, compromisso com a educação e pelo carinho com que tratava alunos e colegas.
No momento do acidente, Mariana conduzia um Renault Sandero, com placas de sua cidade natal, quando colidiu frontalmente com um caminhão de Planalto Alegre. O impacto foi fatal, e a professora faleceu ainda no local, antes mesmo da chegada do socorro. O motorista do caminhão, de 35 anos, saiu ileso da colisão.
A notícia causou forte comoção nas redes sociais, onde amigos, ex-alunos e familiares prestaram homenagens emocionadas. “Desde criança, muito dedicada aos estudos, educada e querida”, relatou um conhecido. Uma prima, comovida, escreveu: “Nossa doce Mariana, a nossa Bili; tenho de ti as mais doces memórias da nossa infância”.
O velório está sendo realizado na Capela Mortuária Milani, em Nonoai, reunindo familiares, amigos e pessoas que conviveram com Mariana ao longo de sua trajetória como educadora. A cerimônia de despedida é marcada pela gratidão, dor e homenagens sinceras à mulher que tocou tantas vidas com sua leveza e generosidade.
Casos como o de Mariana expõem de forma clara o quanto a precariedade das rodovias estaduais pode ser fatal. A falta de manutenção, sinalização inadequada e ausência de fiscalização criam um ambiente propício a acidentes, mesmo quando os motoristas estão atentos e cuidadosos. Não basta apenas conscientizar — é preciso investir de forma urgente e eficiente em infraestrutura viária.
Além disso, é necessário lembrar que por trás das estatísticas estão pessoas reais, com sonhos, histórias e famílias. Mariana era mais do que uma vítima: era filha, professora, amiga e inspiração. Sua partida repentina reforça a urgência de tratarmos a mobilidade com a seriedade que ela exige, priorizando a vida.
A tragédia em Guatambu, assim como tantas outras que ocorrem diariamente pelo Brasil, não pode cair no esquecimento. Que a perda de Mariana Furini se transforme em um marco para cobrar mudanças concretas nas estradas e para que novas vidas não sejam interrompidas por um sistema que ainda falha em oferecer segurança.
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