Tragédia misteriosa em SC: Mãe e dois filhos que foram mortos em chacina dentro da própria casa suas identidades foram reveladas
Tragédia familiar em Joinville deixa três mortos e uma sobrevivente
Descobrir um crime dentro do próprio lar, envolvendo várias vítimas da mesma família, é um choque que deixa marcas profundas em toda a comunidade. Foi isso que aconteceu no bairro Saguaçu, em Joinville (SC), onde a madrugada desta quinta-feira, 11 de setembro, terminou em silêncio e incredulidade.
Quatro pessoas da mesma família foram atingidas por disparos, e três delas perderam a vida ainda dentro de casa. As vítimas foram identificadas como Ingrid Iolly Araújo Silva Berilo, de 40 anos, e seus dois filhos adolescentes, de 15 e 11 anos.
A mãe de Ingrid, Rita de Cássia Pereira Araújo Silva, de 65 anos, também foi baleada e segue hospitalizada em estado grave. O principal suspeito do ataque é Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos, marido de Ingrid, encontrado morto dentro da residência após supostamente efetuar os disparos.
Ingrid e os filhos eram naturais do Rio de Janeiro, enquanto Rita veio do Rio Grande do Norte. Vizinhos relataram que ouviram barulhos durante a madrugada, mas só compreenderam a gravidade da situação quando a polícia chegou ao local. O suspeito, Ramzi, era motorista de aplicativo e natural do Líbano.
Segundo a Polícia Científica, há indícios de que ele poderia ter sofrido um surto antes do crime. Apesar disso, já havia registros de comportamento agressivo: Ramzi possuía passagens anteriores por ameaças, invasão de propriedade, desobediência judicial, além de acusações de injúria, calúnia e difamação.
Três semanas antes da tragédia, Ingrid publicou nas redes sociais uma declaração de amor ao marido, descrevendo a relação como intensa, marcada por contrastes e cumplicidade. A mensagem, que comparava o casal a “queijo e goiabada”, ganha agora contornos de mistério diante do desfecho inesperado.
As autoridades ainda investigam a motivação do ataque. Peritos trabalham na análise de evidências coletadas no local, enquanto a Polícia Civil busca entender se houve premeditação ou se o ato foi impulsionado por uma crise emocional repentina. Testemunhos de familiares e vizinhos serão fundamentais para a linha de apuração.
A tragédia abalou profundamente a comunidade. Amigos e parentes descrevem Ingrid como uma mãe dedicada e carinhosa, sempre atenta à educação dos filhos. Vizinhos afirmaram que a família era discreta e não costumava se envolver em conflitos. Nas redes sociais, mensagens de solidariedade e homenagens se multiplicam, refletindo a dor coletiva.
O caso também reforça a necessidade de ampliar discussões sobre violência doméstica, saúde mental e acesso a armas de fogo. Especialistas apontam que sinais de instabilidade emocional ou ameaças prévias não devem ser ignorados e ressaltam a importância de redes de apoio que possam atuar antes que situações extremas aconteçam.
Enquanto a investigação busca respostas, Joinville amanheceu marcada pela consternação. O bairro Saguaçu, tradicionalmente tranquilo, tornou-se palco de uma das maiores tragédias familiares da cidade, e agora a esperança está voltada para a recuperação da única sobrevivente.
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