Horror em MG: Homem tira a vida de esposa e dispara contra bebê de apenas 4 meses
Homem é preso após matar esposa e ferir bebê durante surto em Ibiá (MG)
Casos de violência doméstica continuam a se multiplicar em diferentes regiões do Brasil, revelando um problema estrutural que ultrapassa os limites das relações familiares e expõe falhas na rede de proteção às vítimas. Em Ibiá, no Alto Paranaíba, Minas Gerais, um episódio brutal ocorrido na madrugada da última terça-feira, 30 de setembro, deixou a cidade em choque.
Um homem de 31 anos foi preso em flagrante após assassinar a esposa, Layene Helena Gomes da Silva, de 27 anos, e ferir o próprio filho, um bebê de apenas quatro meses. Segundo informações da Polícia Militar, o crime teria começado durante um surto psicótico do agressor, conforme relato da própria mãe do suspeito.
Em estado de total descontrole, o homem partiu contra familiares dentro da residência, atacando a mãe, a esposa, o bebê e outro filho, de 12 anos. No auge da violência, ele acusou Layene de traição e disparou sete tiros contra a companheira, que morreu ainda no local. Um dos projéteis atingiu o bebê, que estava deitado em uma cama.
A criança sofreu um ferimento na mão, foi socorrida e recebeu atendimento médico imediato. Após observação, foi liberada e permanece sob os cuidados da avó paterna. O outro filho, de 12 anos, não foi ferido fisicamente, mas presenciou parte da cena, ficando em estado de choque.
Logo após o crime, o agressor fugiu em direção a uma área de mata, mas foi localizado por equipes da Polícia Militar em uma casa isolada. Ele ainda estava armado com um revólver calibre .22, identificado como a arma usada no assassinato. Preso em flagrante, o homem foi levado sob custódia e o caso agora é investigado pela Polícia Civil como feminicídio e tentativa de homicídio.
O corpo de Layene foi sepultado na manhã de quarta-feira, 1º de outubro, no Cemitério Recanto da Saudade, em meio a um clima de profunda comoção. Familiares, amigos e moradores da cidade compareceram para prestar as últimas homenagens à jovem, descrita como uma mulher tranquila, dedicada à família e mãe amorosa.
O crime reacendeu o debate sobre a urgência de medidas eficazes de prevenção à violência doméstica. Apesar de avanços legais como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, especialistas alertam que muitas vítimas ainda enfrentam dificuldades para denunciar os agressores, seja por medo, dependência financeira ou falta de apoio psicológico e institucional.
Autoridades e organizações civis reforçam que situações de instabilidade emocional e transtornos mentais não tratados também podem se transformar em gatilhos para episódios de violência extrema. Por isso, políticas públicas que garantam acesso a tratamento psiquiátrico e acompanhamento familiar são apontadas como fundamentais para evitar tragédias como a de Ibiá.
Casos como o de Layene evidenciam a importância da atuação integrada entre saúde mental, assistência social e segurança pública. Quando sinais de agressividade, isolamento ou comportamento instável são identificados precocemente, é possível acionar redes de apoio e evitar desfechos fatais.
A cidade de Ibiá, ainda abalada, tenta se recompor diante da tragédia. Enquanto isso, o caso segue sob investigação, e o agressor permanece preso. A morte de Layene se junta a tantas outras que, infelizmente, reforçam uma estatística alarmante: no Brasil, a cada seis horas uma mulher é vítima de feminicídio, segundo dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Deixe um comentário