O que se sabe sobre a suposta agressão sofrida pelo homem que deu 61 socos contra a ex-namorada em elevador no RN

O que se sabe até o momento sobre a suposta agressão a ex-namorada no RN

O caso envolvendo Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, continua repercutindo em todo o país. Acusado de agredir brutalmente a ex-namorada com 61 socos dentro de um elevador, em Natal (RN), o ex-jogador de basquete teve seu nome novamente em destaque nesta segunda-feira, 6 de outubro, após boatos de que teria sofrido retaliação dentro da prisão. No entanto, as autoridades negaram oficialmente essas informações e afirmaram que o detento não foi alvo de nenhum tipo de violência.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte divulgou uma nota oficial desmentindo os rumores que circularam no fim de semana. “Não procede a informação de que o custodiado sofreu qualquer tipo de violência na unidade prisional”, informou o órgão. A nota foi emitida após a repercussão de matérias publicadas pelos portais A Fonte e Jornal de Brasília, que mencionavam supostos relatos de agentes penitenciários.

De acordo com as publicações, Igor teria sido alvo de agressões físicas e sexuais dentro da unidade prisional, como forma de retaliação por parte de outros detentos que teriam se revoltado com a brutalidade do crime. No entanto, as investigações internas descartaram essa hipótese. A família do ex-atleta também se pronunciou, reforçando que as notícias são falsas e afirmando que não fornecerá mais detalhes sobre a rotina dele na prisão.

Igor Cabral está preso preventivamente desde julho, acusado de tentativa de feminicídio. O crime ganhou ampla repercussão nacional após a divulgação das imagens captadas pelas câmeras de segurança do prédio, que mostram o momento em que ele agride a ex-namorada, Juliana Garcia, de 35 anos. As cenas causaram comoção e indignação em todo o país, impulsionando debates sobre a violência contra a mulher e a necessidade de punições mais rigorosas para agressores.

A vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto e passou por cirurgias de reconstrução facial. Juliana vem recebendo acompanhamento médico e psicológico desde o episódio e, por meio de familiares e amigos, agradeceu o apoio que tem recebido da sociedade. O caso reacendeu discussões sobre o acolhimento das vítimas e o fortalecimento de políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência doméstica.

Especialistas destacam que o episódio evidencia a urgência de se reforçar as medidas protetivas e os mecanismos de denúncia. Segundo dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de casos de feminicídio e agressões dentro de relacionamentos tem crescido nos últimos anos, e muitos deles poderiam ser evitados com ações preventivas mais efetivas. A repercussão do caso de Juliana Garcia reforça a importância da conscientização social e da responsabilização dos agressores.

No momento, Igor aguarda o andamento do processo judicial e segue detido em unidade prisional de segurança média. A defesa do ex-jogador ainda não se pronunciou sobre as próximas etapas do caso. O Ministério Público acompanha de perto o inquérito e deve apresentar novas manifestações nos próximos dias, à medida que o processo avance.

A sociedade civil e movimentos feministas continuam acompanhando o caso, exigindo justiça e reforçando a luta contra a impunidade em situações de violência de gênero. O episódio serve como um lembrete doloroso, mas necessário, de que o enfrentamento à violência contra a mulher deve ser uma prioridade permanente em todas as esferas da sociedade.

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