Identificada mulher que saiu para pedalar e foi encontrada morta em SC

O corpo foi encontrado na noite da última segunda-feira, 20 de outubro. Amigos e familiares de Cíntia Farias de Andrade, de 38 anos, vivem dias de dor e incredulidade. O sorriso constante, a energia contagiante e o amor pelas pedaladas agora permanecem apenas nas lembranças de quem compartilhou com ela momentos de alegria e liberdade sobre duas rodas.

As horas de angústia deram lugar ao silêncio da confirmação de sua partida, notícia que abalou profundamente a pequena comunidade de Vidal Ramos, no Alto Vale do Itajaí. Cíntia saiu de casa na tarde de segunda para um passeio de bicicleta — atividade que fazia com frequência, especialmente no trajeto entre Vidal Ramos e Ituporanga.

Reconhecida por seu entusiasmo pelo ciclismo, ela iniciou o percurso por volta das 13h30, subindo a serra do município. Pouco tempo depois, o sinal de seu celular desapareceu e o contato com a família foi interrompido. A partir desse momento, uma verdadeira corrente de solidariedade tomou conta da cidade.

Amigos, familiares, ciclistas e equipes das forças de segurança se mobilizaram em buscas intensas, percorrendo estradas rurais e áreas de mata em uma tentativa desesperada de encontrá-la com vida. As redes sociais se encheram de mensagens e preces, cada uma carregando uma centelha de esperança. O esforço coletivo demonstrou o quanto Cíntia era querida e admirada por todos.

Ao cair da noite, no entanto, a notícia que ninguém queria receber chegou. A família confirmou que o corpo de Cíntia havia sido encontrado sem vida. O local e as circunstâncias do ocorrido ainda não foram oficialmente divulgados pelas autoridades, e o caso segue sob investigação. Enquanto a perícia trabalha para esclarecer os detalhes, a dor da perda ecoa por toda a região.

A tragédia reacendeu discussões sobre a segurança de ciclistas nas estradas do interior catarinense. Moradores e grupos de ciclismo locais destacaram a necessidade de mais sinalização, acostamentos adequados e campanhas educativas voltadas ao respeito no trânsito. Para muitos, o episódio representa não apenas uma perda pessoal, mas um alerta sobre as condições enfrentadas por quem pedala diariamente em rotas de risco.

Em meio ao luto, amigos organizaram homenagens em memória de Cíntia. Um grupo de ciclistas planeja realizar uma pedalada silenciosa até o ponto onde ela foi vista pela última vez, como forma de prestar tributo à amiga e reforçar a importância da união da comunidade diante da dor. Velas, flores e mensagens de carinho têm sido deixadas em locais simbólicos, transformando o sofrimento em demonstrações de amor e respeito.

O corpo de Cíntia passará por exames antes da liberação para o velório. Em meio à tristeza, fica o legado de uma mulher que, sobre duas rodas, levava consigo o brilho de quem sabia aproveitar cada pedal da jornada. Cíntia será lembrada como símbolo de força, união e amor à vida — alguém que inspirou muitos a buscar na simplicidade do movimento a verdadeira essência da liberdade.

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