Pai mandou mensagens incentivando o assassinato de sua filha de 2 meses e não fez nada para impedir crime
De acordo com as investigações, o pai não teria tomado nenhuma atitude para tentar salvar sua filha, e novos detalhes sobre o caso foram expostos. Em um dos episódios mais chocantes e trágicos registrados em Roraima, foi confirmada nesta última semana a denúncia contra o pai da pequena Melinda Sofia. As revelações sobre o crime têm causado profunda comoção e revolta entre a população.
O Ministério Público confirmou a participação do homem no assassinato da própria filha, de apenas dois meses de vida, ocorrido no dia 13 de outubro, em Boa Vista. Ele é acusado de instigar a mãe da bebê a cometer o crime, que resultou na morte por asfixia da criança.
O promotor de Justiça Paulo André Trindade, responsável pelo caso, descreveu a conduta do pai como “desumana e cruel”. Segundo a denúncia, o acusado teria se omitido do dever de proteger a filha e, além disso, incentivado a companheira a cometer o homicídio. “Ele se omitiu no dever legal, atuando de forma contrária e instigando sua companheira a matar a criança”, afirmou o promotor.
As investigações revelaram que o crime teria ocorrido após uma discussão entre o casal. Durante a briga, um vídeo da bebê chorando foi compartilhado, e em seguida, o pai enviou mensagens com ameaças e ordens diretas, como “mata ela” e “morram vocês duas”. Nenhuma atitude foi tomada para impedir a tragédia, o que reforçou a gravidade da acusação.
O caso mobilizou as autoridades e gerou intensa repercussão em Boa Vista e nas redes sociais. Grupos de proteção à infância e movimentos de direitos humanos têm cobrado punições exemplares, destacando a necessidade de ampliar o debate sobre a violência doméstica e o papel das instituições na proteção de menores em situação de vulnerabilidade.
A mãe da criança, identificada como Renata, também foi denunciada. A Promotoria pede que o casal responda por homicídio triplamente qualificado, considerando a crueldade, a impossibilidade de defesa da vítima e o vínculo parental entre os acusados e a criança. Até o momento, a defesa dos dois não se manifestou publicamente.
O crime abalou profundamente a comunidade local, que ainda tenta compreender como um ato de tamanha brutalidade pôde ocorrer dentro do próprio lar. Nas redes sociais, mensagens de indignação e luto se multiplicam, enquanto moradores realizam pequenas homenagens à memória da bebê, em frente à casa onde o crime aconteceu.
As autoridades reforçam que o caso será tratado com a máxima rigidez da lei. O Ministério Público e a Polícia Civil seguem trabalhando em conjunto para reunir provas, depoimentos e laudos periciais que possam esclarecer todos os detalhes da noite do crime.
Para muitos, o sentimento que permanece é o de horror e tristeza diante de uma história marcada por negligência, violência e ausência de humanidade. A esperança é que a Justiça traga respostas e que a memória de Melinda Sofia inspire mudanças e conscientização sobre a importância da proteção integral das crianças em todo o país.
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