Artrite Reativa – Causas, Sintomas e Tratamentos

Artrite Reativa – Causas, Sintomas e Tratamentos

A Artrite Reativa é uma doença autoimune do grupo da espondiloartrose, que geralmente se desenvolve após uma infecção, seja sexualmente transmissível ou bacteriana no trato intestinal. O surgimento da artrite normalmente ocorre após o tratamento bem-sucedido da infecção, sendo considerada uma resposta exagerada do sistema imunológico. O tratamento depende da causa e da gravidade da condição.

Anteriormente conhecida como síndrome de Reiter, a Artrite Reativa é caracterizada pela tríade de sintomas: artrite, inflamação ocular (conjuntivite) e inflamação do trato urinário (uretrite). A doença é mais comum em homens, que costumam apresentar dores articulares mais intensas do que as mulheres, embora o diagnóstico possa ser mais difícil no sexo feminino. A idade média de início é em torno de 30 anos.

A artrite costuma afetar principalmente as articulações maiores das extremidades inferiores, como joelhos, tornozelos e articulações sacroilíacas da pelve. Além disso, pode causar dor, rigidez e inchaço em dedos, costas, nádegas e tendões, como o de Aquiles. Quando tratada a tempo, a inflamação pode regredir, mas casos de artrite crônica podem se desenvolver se a causa não for identificada ou controlada.

Causas da Artrite Reativa

Entre os fatores que podem desencadear a doença estão doenças autoimunes, traumas, desgaste das articulações, infecções bacterianas ou virais e depósito de cristais metabólicos. A lesão pode afetar cartilagens, ossos, cápsula articular e ligamentos, comprometendo a mobilidade e causando dor intensa.

A causa mais comum é uma infecção bacteriana do trato urinário ou intestinal, com destaque para a bactéria Chlamydia trachomatis, responsável por infecções sexualmente transmissíveis. Outras bactérias, como Salmonella e Shigella, associadas a intoxicações alimentares, também podem desencadear a doença. A predisposição genética, como a presença do gene HLA-B27, aumenta o risco, embora nem todos com o gene desenvolvam Artrite Reativa.

Sintomas da Artrite Reativa

Os sintomas podem ser agrupados em três sistemas principais:

  • Sistema musculoesquelético: dor, inchaço e rigidez nas articulações, especialmente joelhos, tornozelos, dedos e articulações sacroilíacas. Pode haver também desconforto nos tendões e rigidez matinal.

  • Sistema urinário: uretrite causa dor ou queimação ao urinar e aumento da frequência urinária. Homens podem desenvolver prostatite, enquanto mulheres podem apresentar cervicite.

  • Olhos e pele: conjuntivite provoca dor, coceira e secreção ocular. Podem surgir erupções cutâneas, como cera-tômio blenorrágico, pequenas pústulas nos pés, além de feridas na boca em alguns casos.

Tratamentos para Artrite Reativa

O tratamento depende da causa da artrite. O foco principal é combater a infecção subjacente e controlar a inflamação e a dor. Antibióticos podem ser prescritos para tratar a infecção bacteriana, enquanto medicamentos específicos podem ser usados para conjuntivite, úlceras na boca ou erupções cutâneas. Analgésicos e anti-inflamatórios ajudam a aliviar os sintomas, e, em casos de dor intensa, corticoides podem ser injetados diretamente na articulação afetada.

A fisioterapia também desempenha um papel importante, melhorando a mobilidade das articulações e reduzindo a dor. Mudanças no estilo de vida, como exercícios regulares e cuidados com a postura, podem auxiliar na prevenção de novas crises e na melhora da qualidade de vida do paciente.

Embora não exista cura definitiva para a Artrite Reativa, a detecção precoce e o tratamento adequado aumentam significativamente a probabilidade de controle da doença. O acompanhamento médico contínuo é essencial para evitar complicações e garantir que a inflamação não cause danos permanentes às articulações.

Especialistas também recomendam atenção às infecções que podem desencadear a artrite, mantendo exames de rotina e medidas preventivas, como o uso de preservativos em relações sexuais e cuidados com a higiene alimentar, para reduzir o risco de desenvolvimento da doença.

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