Familiar conta como está marido após receber notícia de que jovem foi baleada no RJ e não resistiu: ‘Destruído’

Um familiar da jovem trouxe mais detalhes sobre o estado do marido dela após receber a notícia de que ela não resistiu, no Rio de Janeiro. Após um dia de luto e revolta, a família da jovem Bárbara Elisa Yabeta Borges, de 28 anos, foi ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro neste último sábado, dia 1º de novembro.

Em meio a uma grande comoção, eles realizaram o reconhecimento do corpo da jovem, que foi morta por uma bala perdida na Linha Amarela, em uma situação que expõe novamente a violência urbana que assola a cidade.

Os próprios familiares, em entrevista ao UOL, expressaram sua dor e indignação. A sogra da vítima, Andréia Assis, fez um desabafo emocionado, dizendo que sua nora é mais uma vítima da violência e que “amanhã mais famílias serão entrevistadas na mesma situação”, lamentando a sensação de impotência diante da tragédia.

Com a notícia do ocorrido, um parente do marido de Bárbara revelou um detalhe chocante: a família não foi informada pelas autoridades, situação que chamou atenção e revoltou os parentes.

“Ninguém ligou pra gente, ficamos sabendo pelas redes sociais. Tá todo mundo destruído, o marido dela está em casa sem condições, dopado”, contou o familiar.

A morte de Bárbara aconteceu na tarde de sexta-feira (31). Ela estava como passageira em um carro de aplicativo, cruzando a Linha Amarela, quando foi atingida por um tiro na cabeça. O motorista ainda tentou socorrê-la e a levou ao Hospital Geral de Bonsucesso, mas ela não resistiu.

Desde o ocorrido, a polícia investiga a origem do disparo. A bala perdida foi resultado de uma intensa troca de tiros entre criminosos nas proximidades do Complexo da Maré, um dos pontos mais críticos em confrontos armados do Rio.

O caso reacendeu o debate sobre a insegurança nas vias expressas e o impacto da violência armada na vida de inocentes. Moradores da região relatam que o som de tiros é constante e que o medo se tornou parte da rotina. Organizações civis cobram medidas urgentes das autoridades para conter a escalada de confrontos que transformam o trajeto diário em um risco de vida.

O tiroteio causou pânico entre motoristas e passageiros, que tentaram fugir pela contramão ou se proteger atrás dos carros. Relatos de pessoas que estavam no local descrevem cenas de desespero e correria. “Era como se estivéssemos em meio a uma guerra”, disse uma testemunha que presenciou o tiroteio.

No momento, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Um criminoso, ferido durante a ação, está preso sob custódia em um hospital e será interrogado assim que receber alta.

Enquanto isso, a família de Bárbara, que teve a vida interrompida pela violência, prepara a despedida em meio à dor e ao clamor por justiça. Amigos e conhecidos organizaram uma vigília em sua homenagem, marcada por orações e pedidos de paz, em memória de mais uma vítima da insegurança que aflige o Rio de Janeiro.

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