Qual será a rota do ciclone extratropical que chegará neste final de semana ao Brasil
A formação de um novo ciclone extratropical prevista para este fim de semana traz um misto de alívio e preocupação. O fenômeno deve se desenvolver a partir de domingo, 16 de novembro, e já tem sua rota e possíveis impactos analisados por meteorologistas.
Diferentemente do ciclone anterior, responsável por mortes e destruição no Sul do país na última semana, este novo sistema não deve atingir diretamente o território brasileiro. Mesmo assim, especialistas ressaltam que o distanciamento geográfico não elimina os riscos associados às frentes frias que dele se originam.
Segundo boletim da Metsul Meteorologia, a frente fria vinculada ao ciclone tem potencial para provocar instabilidades significativas. “A frente fria derivada do ciclone vai trazer impactos no território brasileiro e com riscos em vários estados”, informou a equipe. O alerta inclui a possibilidade de temporais fortes e até severos, com vendavais e queda de granizo.
A posição e trajetória do ciclone, no entanto, trouxeram algum alívio. Ele deve se formar mais ao Sul, entre Argentina e Uruguai, afastando-se rapidamente para o Oceano Atlântico. Diferentemente do sistema anterior, que avançou sobre áreas do Brasil e deixou nove mortos, este não deve cruzar o país.
Apesar disso, autoridades alertam que a frente fria associada avançará pelo Sul no domingo, estendendo-se para o Centro-Oeste e Sudeste entre segunda e terça-feira. O deslocamento deve provocar chuvas intensas, descargas elétricas e rajadas de vento em vários estados.
Após os recentes eventos climáticos extremos, o episódio reacende a preocupação da população e reforça a necessidade de acompanhamento constante das atualizações meteorológicas. A lembrança dos estragos da semana anterior mantém as autoridades em atenção redobrada.
No Sul, moradores já se preparam para um domingo de tempo severo. Embora haja alívio por não se tratar de um ciclone de impacto direto, permanece o clima de alerta diante do alto risco de temporais, queda de granizo e ventos fortes.
Os meteorologistas explicam que ciclones extratropicais são comuns nesta época do ano devido à maior diferença de temperatura entre massas de ar frio e quente. Essa interação favorece a formação de tempestades mais organizadas, especialmente no Cone Sul. Por isso, episódios como este tendem a se repetir ao longo da primavera.
A Metsul reforçou ainda que o ciclone, apesar de não entrar no Brasil, pode intensificar a agitação marítima no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Ondas mais altas e correntezas fortes podem ocorrer, exigindo atenção de pescadores e navegadores.
Estados do Sudeste, como São Paulo e Minas Gerais, também podem sentir os reflexos da frente fria, especialmente em forma de pancadas de chuva acompanhadas por rajadas de vento. As equipes de defesa civil já estão em prontidão para atendimento emergencial, caso necessário.
A orientação principal é que a população acompanhe os avisos emitidos por órgãos oficiais, evite áreas de alagamento, redobre a atenção ao dirigir sob chuva forte e, em caso de tempestades severas, permaneça em locais seguros. A preparação e a informação continuam sendo as melhores ferramentas para reduzir riscos em fenômenos naturais desta magnitude.
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