Identificados, padrasto e enteado que morreram em colisão na SC-108

O acidente ocorreu na tarde deste último domingo, 16 de novembro.

Graves acidentes nas rodovias brasileiras continuam sendo um desafio diário para motoristas e passageiros. Colisões frontais, ultrapassagens indevidas, invasões de pista e fatores climáticos adversos compõem um cenário que afeta milhares de famílias todos os anos, evidenciando a vulnerabilidade do trânsito nacional.

Um episódio recente em Nova Trento, na Grande Florianópolis, ilustra bem esses riscos constantes. Na tarde de 16 de novembro, uma motocicleta ocupada por dois familiares colidiu violentamente com um veículo utilitário na rodovia SC-108, no trecho entre Brusque e Nova Trento.

Os ocupantes da moto, Thainan Willames Monteiro da Silva, de 34 anos, e Alan Nunes da Silva, de 20 anos, não resistiram ao impacto e morreram no local. Padrasto e enteado, moradores do bairro Claraíba, eles haviam saído de casa para uma tarefa simples: buscar alguns itens em uma farmácia próxima.

Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária, a motocicleta acabou desviando para a faixa contrária, o que resultou na colisão frontal com o Jeep. O utilitário era conduzido por um homem de 65 anos, que estava acompanhado de uma mulher de 60 anos. Ambos foram avaliados pelos bombeiros, mas optaram por não serem levados ao hospital.

A rodovia precisou ser totalmente interrompida nos dois sentidos durante o atendimento, ocasionando lentidão e desvios no tráfego. Thainan e Alan haviam se mudado para Nova Trento há cerca de um ano, vindo de Maceió, Alagoas, em busca de novas oportunidades de trabalho e uma vida mais tranquila no litoral catarinense.

A família, profundamente abalada pela tragédia, enfrenta agora o luto enquanto as autoridades investigam com mais detalhes o que teria motivado o desvio repentino da moto. O caso se soma a um conjunto significativo de ocorrências semelhantes em Santa Catarina, onde rodovias estaduais como a SC-108 funcionam como importantes corredores de deslocamento e escoamento econômico.

Enquanto as investigações avançam, moradores da região reforçam pedidos por melhorias estruturais, como instalação de barreiras de segurança, reforço na sinalização e ampliação do monitoramento eletrônico, buscando minimizar os riscos que se repetem ano após ano.

A dinâmica da colisão também reacende discussões sobre a vulnerabilidade dos motociclistas, que representam uma grande parcela das vítimas fatais no trânsito brasileiro. A falta de proteção física, somada à alta exposição em rodovias movimentadas, torna esse grupo especialmente suscetível a acidentes graves.

Especialistas em segurança viária apontam que trechos sinuosos, pavimentação irregular e fluxo intenso de veículos pesados podem influenciar a perda momentânea de controle de motocicletas. Ainda assim, defendem que investimentos contínuos em educação no trânsito e campanhas de conscientização são essenciais para reduzir comportamentos de risco.

Moradores de Nova Trento relatam que a SC-108, embora fundamental para a economia local, carece de pontos de escape, acostamentos amplos e iluminação adequada em determinados trechos. Segundo eles, intervenções estruturais poderiam prevenir acidentes e melhorar a fluidez do tráfego, especialmente em horários de pico.

A tragédia envolvendo Thainan e Alan deixa também um alerta para a importância de políticas públicas voltadas à segurança rodoviária. Para familiares e amigos, o sentimento é de dor e revolta, mas também de esperança de que mudanças concretas sejam adotadas para evitar que outras vidas sejam perdidas nas estradas catarinenses.

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