Motivo banal: briga por playlist em churrasco teria motivado homicídio de auxiliar de cozinha
A morte do auxiliar de garçom Anderson França Santos, de 31 anos, ocorrida no último domingo, teria sido motivada por um desentendimento banal durante uma discussão aparentemente trivial. Anderson foi assassinado enquanto participava de um churrasco em família, momento que deveria ser de confraternização e tranquilidade.
O encontro acontecia na noite de domingo (16/11), na quadra 10 do Paranoá. Segundo informações preliminares, o conflito teria se iniciado por causa das músicas escolhidas para tocar no evento, o que gerou irritação e comentários entre alguns presentes.
O autor do crime, identificado como Ualiston da França Araujo, de 28 anos, era primo da vítima e morava nos fundos do mesmo terreno. O caso está sob investigação da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, que busca esclarecer todos os detalhes por trás da tragédia.
De acordo com o inquérito, o desentendimento entre os primos foi ganhando proporções maiores, impulsionado por provocações e brincadeiras consideradas ofensivas. O clima tenso evoluiu rapidamente, culminando em um confronto físico entre os dois.
“A discussão evoluiu para agressões físicas entre Anderson e Ualiston. Testemunhas afirmaram que, durante a luta corporal, Ualiston desferiu vários golpes de faca contra Anderson. Pessoas que estavam no local tentaram intervir para separar os envolvidos, mas não conseguiram conter o agressor”, relatou o delegado-chefe Bruno Cunha.
A polícia foi acionada imediatamente por testemunhas e conseguiu realizar a prisão do suspeito em flagrante. Ualiston foi levado para a 6ª DP, onde foi autuado. Anderson chegou a ser socorrido com vida e encaminhado ao Hospital da Região Leste, no Paranoá, mas não resistiu aos ferimentos.
Tanto o acusado quanto sua esposa apresentavam cortes nas mãos e precisaram receber atendimento médico em hospitais da região. A expectativa é de que Ualiston passe por audiência de custódia ainda nesta terça-feira.
As investigações continuam, e a polícia trabalha para entender o contexto exato da discussão e o que levou a um desfecho tão violento. Até o momento, sete testemunhas já foram ouvidas, e novas diligências estão previstas para os próximos dias.
A família de Anderson está profundamente abalada, sem compreender como uma reunião entre parentes pôde terminar de forma tão trágica. Amigos descrevem a vítima como um homem trabalhador e tranquilo, conhecido por participar ativamente de momentos familiares e por evitar confusões. A comoção tomou conta da comunidade do Paranoá, que lamenta a perda repentina e violenta.
Moradores da região também expressaram preocupação com o aumento de conflitos motivados por problemas aparentemente simples, que se transformam rapidamente em violência extrema. Segundo eles, casos assim revelam a necessidade de mais ações preventivas e campanhas de conscientização sobre resolução pacífica de conflitos, especialmente em ambientes familiares ou festivos.
A polícia civil reforçou que continuará investigando minuciosamente todos os aspectos do caso para garantir que a justiça seja feita. Além das oitivas, novas perícias e análises técnicas serão realizadas para reconstruir com precisão a dinâmica do crime. A expectativa é de que as próximas etapas do inquérito ajudem a esclarecer definitivamente o que motivou o agressor e como a discussão tomou proporções tão fatais.
Deixe um comentário