Padrasto diz que achou menina de 11 anos sem vida e pai desabafa: ‘E que sirva de alerta para todas as mães deste mundo…’

O pai lamentou profundamente a perda da filha em um desabafo comovente. Em um relato que evidencia a imensidão da dor, o comerciante Flávio Antunes de França quebrou o silêncio nesta segunda-feira, 17 de novembro, ao falar sobre a morte de sua filha, Ana Alice Santos França.

O que inicialmente parecia um acidente doméstico ou até mesmo um possível suicídio revelou-se, segundo as investigações da polícia, um cenário de extrema violência, com indícios de abuso sexual. As evidências levaram à prisão temporária do padrasto da menina, Douglas Junior Nogueira.

Em entrevista emocionada à EPTV, Flávio contou que fazia planos para ter a filha vivendo ao seu lado. Ele estava construindo um quarto especialmente para que Ana Alice pudesse se mudar para sua casa em breve — um sonho brutalmente interrompido.

Com a notícia devastadora, os detalhes da investigação vieram à tona. O caso teve início na terça-feira (11), após o padrasto afirmar ter encontrado a menina desacordada, com um cordão envolto em seu pescoço.

No entanto, exames realizados no hospital identificaram lesões genitais e material biológico, alterando completamente a linha de apuração para estupro de vulnerável seguido de homicídio. Douglas nega o crime, mas aceitou fornecer material genético para confrontação.

Em meio à dor e à revolta, Flávio prestou depoimento na delegacia de Serrana (SP). Ele declarou que jamais suspeitou de algo, pois a filha nunca demonstrou medo ou desconforto com o padrasto. Mesmo assim, deixou um alerta às famílias: que nunca deixem crianças sozinhas, por mais que pareçam estar em segurança.

“E que sirva de alerta para todas as mães deste mundo: não deixem seus filhos com ninguém”, suplicou o pai, devastado ao receber a notícia de que sua filha já não apresentava sinais vitais.

A polícia também investiga um segundo suspeito ainda não identificado e aguarda laudos periciais que devem detalhar a dinâmica do crime. O respeito à memória e à inocência de Ana Alice é o que impulsiona Flávio a pedir rapidez e rigor na investigação, para que possa, de alguma forma, reconstruir a própria vida.

No momento, o comércio de Flávio permanece fechado. Ele se descreve como um pai destruído, que teve “seu ouro” arrancado de forma brutal e que agora vive na esperança de ver todos os responsáveis punidos pelo crime bárbaro que tirou a vida de sua filha.

A comunidade de Serrana também foi profundamente impactada pela tragédia. Moradores, abalados pela brutalidade do caso, têm se mobilizado para apoiar a família, acendendo velas, deixando mensagens e prestando solidariedade diante da dor de Flávio. Muitos afirmam que o crime abalou a sensação de segurança da cidade, trazendo à tona discussões sobre proteção infantil.

Organizações de defesa dos direitos da criança e do adolescente aproveitaram a repercussão do caso para reforçar a importância de denunciar qualquer sinal de abuso, mesmo quando pareça mínimo. Especialistas ressaltam que muitos casos permanecem ocultos justamente porque as vítimas, por medo ou manipulação, não conseguem pedir ajuda — tornando essencial que adultos responsáveis estejam atentos a qualquer mudança de comportamento.

Enquanto aguarda respostas definitivas, Flávio tenta reunir forças para enfrentar os próximos dias. Ele tem se amparado no apoio de familiares e amigos, que buscam confortá-lo em meio à dor insuportável. Em suas palavras, o que lhe resta agora é lutar por justiça e preservar a memória de Ana Alice, garantindo que sua história sirva como alerta e proteção para outras crianças.

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