Identificada a jovem de 28 anos que morreu após superbactéria; ela fez alerta para outros jovens
A jovem de 28 anos chegou a fazer um alerta antes de não resistir às complicações causadas por uma superbactéria.
Após quase três meses de luta pela sobrevivência, Nayara Alves Meng faleceu na noite da última quarta-feira, dia 19 de novembro, aos 28 anos. Moradora do litoral de São Paulo, ela foi vítima de uma infecção pulmonar grave provocada por uma superbactéria e, cerca de um mês antes de morrer, deixou um alerta angustiante sobre os danos que o uso de vape causou à sua saúde.
O relato sobre sua trajetória foi compartilhado pela irmã, Talita Leôncio Meng, que descreveu a difícil batalha médica enfrentada por Nayara. Segundo ela, a jovem fazia uso de vape e narguilé desde 2021. Embora os médicos não tenham confirmado relação direta entre o dispositivo e a bactéria, afirmaram que o hábito pode ter provocado lesões que deixaram seu pulmão vulnerável.
Com a notícia da morte, familiares passaram a denunciar uma possível negligência médica. Talita conta que Nayara procurou atendimento diversas vezes em unidades de São Vicente e Praia Grande desde abril. Nesse período, recebeu diagnósticos equivocados de pneumonia e tuberculose, além de ser tratada com antibióticos inadequados. “Foram meses consumindo medicamentos errados e fortalecendo essa bactéria”, lamentou a irmã.
O quadro se agravou rapidamente. Após ser transferida para o Hospital dos Estivadores, em Santos, exames confirmaram a presença da superbactéria. Nayara foi intubada no dia 15 de novembro e sofreu três paradas cardíacas antes de falecer. O resultado da biópsia pulmonar só ficou pronto no mesmo dia de sua morte, revelando a extensão da infecção.
Desde junho, a jovem encarava internações frequentes. Uma tomografia chegou a identificar uma massa no pulmão, levantando suspeita de abscesso. A família acredita que a demora em obter um diagnóstico correto foi decisiva para o desfecho trágico.
As prefeituras de São Vicente e Santos se posicionaram afirmando que todos os protocolos de atendimento foram seguidos e que Nayara recebeu o suporte necessário nas unidades municipais. A declaração, no entanto, não amenizou a indignação da família, que afirma ter vivenciado meses de incerteza, desencontros médicos e idas e vindas sem respostas.
Amigos e colegas de trabalho também se manifestaram nas redes sociais, destacando que Nayara era uma jovem ativa, alegre e dedicada, que mantinha uma vida saudável antes do agravamento da doença. As mensagens de despedida ressaltam a sensação de injustiça e o impacto emocional que sua partida causou na comunidade.
O caso reacende discussões sobre o uso de cigarros eletrônicos, hoje amplamente difundidos entre jovens. Especialistas alertam que, apesar da aparência inofensiva, os dispositivos podem provocar lesões e inflamações sérias no sistema respiratório, especialmente quando usados de forma prolongada.
Enquanto esperam pelos desdobramentos das investigações e possíveis responsabilizações, familiares insistem que a história de Nayara sirva como alerta. Para eles, a jovem “vendia saúde” antes da infecção e lutou intensamente até o último instante — deixando como legado a importância de buscar atendimento especializado, questionar diagnósticos e não ignorar sinais do próprio corpo.
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