Mãe faz longa viagem e encontra o pior pesadelo horas depois em SC

O caso aconteceu na última quinta-feira, dia 20 de novembro, e chocou a comunidade de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. A violência familiar segue revelando episódios trágicos no Brasil, onde conflitos internos ou problemas não resolvidos dentro de casa podem escalar para situações irreversíveis, deixando familiares e vizinhos em estado de alerta.

Muitos desses casos envolvem dependência química ou questões de saúde mental negligenciadas por anos, transformando lares em cenários de confronto extremo e deixando cicatrizes emocionais profundas em gerações inteiras. Em Criciúma, uma visita que parecia rotineira acabou se tornando o centro de um crime brutal que mobilizou forças de segurança na manhã de 20 de novembro.

Rita de Cássia da Silva Silveira, de 59 anos, havia deixado Joinville na noite anterior, chegando à casa da família no bairro Vila São José por volta das 21h30. Menos de 12 horas depois, ela e a filha, Talia da Silva Silveira, de 28 anos, foram encontradas mortas. O responsável foi Kelvin da Silva Silveira, de 31 anos, filho de Rita e irmão de Talia, que atacou as duas com uma faca durante um surto.

Testemunhas e familiares relataram que Kelvin apresentava comportamentos instáveis há meses, incluindo delírios, uso de drogas e atitudes agressivas que preocupavam quem estava próximo. Uma criança de apenas três anos, presente no local, conseguiu escapar quando Kelvin apontou uma espingarda de pressão para ela, correndo para a casa de vizinhos em busca de ajuda — uma ação que permitiu à Polícia Militar ser acionada rapidamente.

Ao chegar, os policiais encontraram Kelvin descontrolado, ainda armado com faca e espingarda, ameaçando todos ao redor. Após negociações frustradas e uma investida contra a guarnição, ele foi neutralizado com disparos e não resistiu. Dentro da casa, marcas de sangue em diversos cômodos e sinais de resistência confirmaram a violência do ataque. Talia foi localizada no pátio, enquanto Rita estava em um quarto.

O genro da família, Isac Casteller Duarte, companheiro de Talia, revelou que a relação com Kelvin parecia tranquila superficialmente, mas que sinais de desequilíbrio eram evidentes. Talia, mãe de três crianças pequenas, sonhava com a oficialização do casamento que agora jamais ocorrerá.

Especialistas em saúde mental e violência doméstica alertam que episódios como este reforçam a importância de acompanhamento psicológico e de mecanismos de alerta precoce em famílias com histórico de conflitos ou uso de substâncias. O caso evidencia ainda a necessidade de ações preventivas e suporte institucional para evitar tragédias dentro do ambiente familiar.

A Polícia Civil segue investigando as motivações exatas do crime, enquanto peritos analisam detalhadamente a cena. A comunidade local, abalada, busca compreender os sinais que antecederam a tragédia, em um luto coletivo marcado pela perplexidade e pelo choque diante da perda de duas vidas em circunstâncias tão violentas.

Além disso, organizações de proteção à criança e à família reforçam a importância de redes de apoio social e psicológicas, programas de prevenção à violência e atenção constante a menores expostos a situações de risco, garantindo que sinais de alerta não passem despercebidos.

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