Minutos antes de morrer ao despencar de mirante em trilha, advogado enviou fotos para filha

Familiares e amigos estão desolados. A manhã de sábado começou como tantas outras para Paulo Fernando Bandeira da Silva, de 61 anos, que decidiu aproveitar o dia com amigos na trilha do Pico do Tijuca Mirim, uma das elevações mais conhecidas da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Acostumado à prática de atividades físicas e recentemente retornado ao hábito de fazer trilhas, ele compartilhou imagens do alto da montanha com suas filhas momentos antes do que seria seu último contato. Pouco tempo depois, sofreu uma queda de um ponto elevado, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

A informação foi confirmada pela Polícia Militar, que registrou a ocorrência por volta das 10h. Segundo relatos da família, Paulo havia se mudado para o Rio de Janeiro no início deste ano e morava com a filha Dominic, de 19 anos, na Zona Norte da cidade.

Era um homem conhecido pelo bom humor, pela dedicação à família e por sua extensa trajetória acadêmica. Atuava como professor universitário de direito penal na rede privada e também lecionava história e geografia em instituições públicas de Goiás e Brasília.

Recentemente, completou 61 anos em 13 de novembro e deixou cinco filhas, com idades entre 17 e 31 anos. O acidente ocorreu em uma área de mata sem estrutura de proteção, em um trecho com altura estimada entre 40 e 60 metros.

Embora muito procurada por praticantes de trilha, a região não possui mirantes ou guarda-corpos naquele ponto específico. Paulo estava acompanhado de um grupo de cinco pessoas, todos conhecidos da família.

A queda foi comunicada por um dos colegas após serem encontrados por monitores ambientais que faziam ronda no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou rapidamente, contando com o apoio do 1º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente.

Ainda não está claro se o professor escorregou ou se sofreu um mal súbito antes da queda. A 19ª Delegacia de Polícia, responsável pela investigação, já ouviu testemunhas e segue apurando os detalhes. Familiares mencionaram que Paulo fazia uso de medicamentos controlados que poderiam afetar o equilíbrio, hipótese que também será considerada.

A morte repentina de Paulo Fernando causou forte comoção entre parentes, amigos e ex-alunos, que destacam sua alegria de viver, seu carinho pela família e sua dedicação ao ensino. Sua trajetória deixa marcas na educação e na vida daqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ele.

A investigação continua, enquanto a família busca forças para enfrentar a perda e preservar a memória do professor. Até o momento, não há informações sobre o sepultamento do advogado.

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