Padrasto é preso após tirar a vida de criança de 2 anos dando chineladas; motivo é revoltante
Mais detalhes vieram à tona após a morte da criança e o envolvimento direto do padrasto no crime, revelando um cenário de extrema violência e negligência.
Um caso bárbaro chocou a Baixada Fluminense nesta segunda-feira, 2 de dezembro. Um padrasto de 23 anos, identificado como Paulo Cesar da Silva Santos, foi preso em flagrante após espancar até a morte o enteado Henry Gabriel, de apenas 2 anos. A motivação declarada por ele foi o fato de a criança ter sujado a fralda.
O crime ocorreu no município de Queimados (RJ). As informações foram confirmadas pela Polícia Civil e pela equipe médica da UPA de Queimados, que imediatamente percebeu que as lesões apresentadas pela criança não eram compatíveis com um acidente comum.
Por volta das 12h, o menino foi levado para atendimento. No entanto, as lesões — que incluíam um dente arrancado, uma perfuração profunda no punho e diversos hematomas espalhados pelo corpo — alertaram a equipe médica, que acionou a polícia sem hesitar.
Com a prisão do agressor, sua confissão fria e perturbadora veio à tona. Na delegacia, Paulo Cesar admitiu ter batido no menino por causa da fralda suja, tentando minimizar a violência ao afirmar que havia dado apenas “palmadas e chineladas”.
Contudo, o laudo médico descartou qualquer tentativa de suavizar os fatos: os ferimentos eram compatíveis com tortura. Entre as marcas encontradas, uma em especial chamou atenção — o desenho do solado de um calçado estampado na perna da criança, evidência de agressões intensas.
A mãe de Henry relatou à polícia que também sofria agressões constantes do companheiro, motivadas por “besteiras e ciúmes”. Segundo o delegado Julio da Silva Filho, a mulher contou que Henry demonstrava medo extremo do padrasto, “tremia e ficava inquieto” sempre que ele se aproximava.
Ainda conforme o que foi divulgado, Paulo Cesar era usuário de drogas e ex-integrante do tráfico de uma comunidade local. Vizinhos também afirmaram que já haviam escutado gritos da criança e discussões agressivas em dias anteriores, indicando um histórico de violência que já durava algum tempo.
As autoridades classificaram o padrasto como um agressor contumaz, alguém que já praticava violência de forma recorrente. Essa sequência de abusos culminou na morte trágica do menino, que não resistiu ao brutal espancamento.
Paulo Cesar foi autuado por homicídio qualificado. A morte de Henry Gabriel gerou indignação entre moradores da região, profissionais de saúde e agentes de segurança que acompanharam o caso.
A tragédia reacende discussões sobre a importância de redes de proteção para crianças em situação de vulnerabilidade. Especialistas apontam que muitos casos de agressão infantil permanecem invisíveis até que a violência atinge níveis extremos, como aconteceu com Henry. A falta de denúncias, seja por medo dos responsáveis ou pela pouca atenção da comunidade, contribui para que crimes como esse aconteçam sem intervenção.
Além disso, o caso destacou a necessidade de capacitação contínua para profissionais da saúde e da educação, que frequentemente são os primeiros a identificar sinais de abuso. Reconhecer lesões suspeitas, mudanças de comportamento e sinais emocionais pode salvar vidas, especialmente quando se trata de crianças muito pequenas, que não conseguem verbalizar o que estão vivendo.
Organizações de direitos da criança reforçaram que comunidades inteiras precisam estar envolvidas na proteção dos menores. Alertas precoces, ações mais rápidas das autoridades e campanhas de conscientização podem ajudar a evitar novas tragédias. A morte de Henry acaba se tornando um chamado urgente para que a sociedade e o poder público fortaleçam mecanismos de prevenção à violência infantil.
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