SP: tutor que cortou patas de cavalo vivo é condenado a menos de 1 ano de prisão
O caso gerou revolta em agosto deste ano. No município de Bananal, interior de São Paulo, a ação violenta do tutor de um cavalo provocou repercussão e indignação nacional. O homem foi flagrado em vídeo enquanto mutilava as pernas do animal ainda vivo.
O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais, causando grande comoção e levando a polícia a abrir inquérito. O autor do crime, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, foi identificado e indiciado. Quase dois meses depois, ele foi condenado pelo crime de maus-tratos contra animais.
Em decisão da juíza Luciene Belan Ferreira Allemand, da Comarca de Bananal, Andrey recebeu pena de 11 meses e 18 dias de prisão, além de 34 dias-multa. A magistrada destacou o “intenso sofrimento infligido pelo acusado ao animal” e ressaltou que o delito foi cometido por “motivo torpe”, lembrando que o cavalo já havia sido submetido anteriormente a estado de extrema exaustão e agonia.
O condenado iniciará o cumprimento da pena em regime semiaberto, podendo recorrer da decisão em liberdade. A sentença foi publicada no último sábado (6/12), e Andrey não se pronunciou publicamente após a decisão.
Em depoimento à polícia, o homem tentou justificar sua atitude alegando que o animal já estava morto, mas a perícia da Polícia Civil confirmou que o cavalo estava vivo no momento da mutilação. Andrey afirmou que agiu em um momento de transtorno e embriaguez, reconhecendo posteriormente a crueldade do ato.
Testemunhas relataram que o animal, exausto, deitou-se no chão antes de ser atacado. Foi neste momento que Andrey se aproximou e mutilou as pernas do cavalo com um facão, gerando indignação imediata entre quem presenciou o episódio.
Especialistas em proteção animal afirmam que casos de maus-tratos evidenciam a necessidade de políticas públicas mais rigorosas e de fiscalização constante, além da importância de campanhas de conscientização sobre direitos dos animais.
Organizações de defesa animal reforçam que denúncias de crueldade devem ser feitas imediatamente às autoridades, uma vez que a atuação rápida pode salvar vidas e garantir responsabilização legal dos culpados.
O caso também serve como alerta para a sociedade sobre os impactos psicológicos e legais de atos de violência contra animais, ressaltando que comportamentos cruéis, mesmo que cometidos em momentos de instabilidade emocional ou embriaguez, não eximem os autores de responder criminalmente.
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