Corpo de mãe é encontrado em fundo de poço no RJ; filha de 14 anos e namorado de 21 são suspeitos
Necropsia confirma detalhes de crime brutal cometido em família em São Gonçalo
Os exames de necropsia trouxeram novos detalhes sobre o caso da mulher que não sobreviveu após ser vítima de um crime cometido pela própria filha, com apoio do namorado. Após meses de mistério envolvendo um suposto desaparecimento, a Polícia Civil confirmou, nesta última semana, a identidade do corpo encontrado no fundo de um poço, revelando um dos crimes mais chocantes registrados recentemente no Rio de Janeiro.
A vítima é Rosa Maria da Silva, de 53 anos, assassinada no município de São Gonçalo. As informações foram confirmadas pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). O caso ganhou novos contornos após a adolescente de 14 anos comparecer espontaneamente à delegacia, na sexta-feira (11), e confessar o homicídio.
Com a confissão, a polícia prendeu o namorado da jovem, Marcelo Pacheco Coelho de Souza, de 21 anos, apontado como cúmplice no crime. Segundo as investigações, mãe e filha estavam desaparecidas desde setembro, o que levantou suspeitas e mobilizou familiares e autoridades durante meses.
De acordo com a Polícia Civil, Rosa Maria foi morta a pauladas após desentendimentos familiares provocados pelo relacionamento da adolescente com o homem de 21 anos. A motivação do crime causou perplexidade entre os investigadores, pela violência e pelo envolvimento direto de membros da própria família.
Após a revelação do crime, uma operação de grande complexidade foi realizada no dia 12 de dezembro para a retirada do corpo. A ação contou com o apoio do Corpo de Bombeiros e de maquinário pesado, estendendo-se por mais de 15 horas devido às dificuldades técnicas do resgate.
O corpo de Rosa foi colocado dentro de um tonel e jogado em um poço localizado no quintal da residência de Marcelo. Em seguida, o local foi aterrado e concretado na tentativa de ocultar as provas. O crime segue sob investigação, e novas informações poderão ser divulgadas conforme o avanço das apurações.
Atualmente, os envolvidos estão à disposição da Justiça. Marcelo foi autuado em flagrante na sede da DHNSG. A adolescente foi apreendida e responderá por atos infracionais, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O caso gerou forte comoção e indignação na sociedade, não apenas pela brutalidade do crime, mas pela ruptura extrema dos vínculos familiares. Especialistas apontam que situações de violência doméstica envolvendo adolescentes exigem atenção contínua das autoridades, da escola e da rede de proteção social.
A Polícia Civil segue analisando laudos periciais e depoimentos para esclarecer completamente a dinâmica do crime e apurar se houve participação ou omissão de outras pessoas. O inquérito permanece em andamento.
A morte de Rosa Maria da Silva deixa um alerta doloroso sobre a importância do acompanhamento familiar, do diálogo e da atuação preventiva em contextos de conflito. O caso evidencia como situações mal resolvidas podem evoluir para desfechos trágicos, com consequências irreversíveis para todos os envolvidos.
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