A dor de uma mãe se ajoelha perante o caixão da filha de 13 anos e deixa o último pedido que jamais será realizado, menina perdeu a vida durante um ataque cruel

O caso que gerou comoção e revolta segue sob investigação.

Aysla Carolina de Oliveira, uma jovem de 13 anos, sempre irradiava alegria e era cercada por amigos. Ela nutria o sonho de um dia se tornar médica, um objetivo que simbolizava sua paixão pela vida.

Tragicamente, na noite de sexta-feira (3), Aysla teve sua vida interrompida de forma brutal ao ser baleada e morta em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.

Nas redes sociais, Aysla compartilhava momentos de felicidade, sempre acompanhada de amigos. Em seu perfil no Instagram, ela expressava seu desejo de seguir a carreira médica, um sonho interrompido pela violência que tirou sua vida.

Dinâmica do crime

Na fatídica noite, Aysla e Silas Ortiz Grizakay, ambos de 13 anos, estavam em companhia de outros cinco adolescentes quando foram alvejados. Uma das testemunhas, de 15 anos, que também foi ferida de raspão, relatou que o grupo costumava se reunir nos finais de semana para conversar.

Silas morava na região, enquanto Aysla, embora tivesse se mudado para outro bairro, frequentemente retornava para visitar os antigos amigos.

A testemunha revelou que, inicialmente, não percebeu o perigo, acreditando que o barulho do tiro era de um pneu estourando em uma borracharia próxima. No entanto, logo notou pessoas correndo e entendeu a gravidade da situação. Os atiradores, que estavam em uma motocicleta, não hesitaram em disparar, mesmo com a presença de crianças.

Segundo o boletim de ocorrência, Silas foi atingido nas costas e Aysla foi baleada na face, pescoço e braço. Ambos foram levados à UPA Aero Rancho, mas não resistiram aos ferimentos, e seus óbitos foram confirmados nas primeiras horas da madrugada.

O sepultamento de Aysla ocorreu no domingo (5), em um clima de profunda comoção. O momento mais doloroso da cerimônia foi quando sua mãe, em lágrimas, se aproximou do caixão para se despedir da filha. Em meio à dor, ela clamou: “Não vai, minha filha”, um apelo que comoveu todos os presentes.

A jovem foi vítima de uma bala perdida durante um ataque direcionado a um rival de gangue. O sepultamento ocorreu no Cemitério Santo Amaro, acompanhado por cerca de 40 pessoas, a maioria de cabeça baixa, em sinal de luto.

Muitos usavam camisetas brancas com a foto de Aysla, clamando por justiça. Nas redes sociais, amigas da jovem também prestaram homenagens emocionadas, lamentando a partida tão abrupta de uma vida cheia de promessas.

A Polícia Civil, em parceria com o Batalhão de Choque, prendeu dois dos três suspeitos envolvidos na tragédia que vitimou as crianças. Entre os detidos estão Rafael Mendes de Souza, conhecido como “Jacaré”, e Nicollas Inácio Souza da Silva. O terceiro suspeito, João Vitor de Souza Mendes, identificado como o responsável pelos disparos, permanece foragido.

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