“A vida é um sopro”: diz pai de Juliana Marins após a trágica perda da filha em vulcão

Família de jovem brasileira viaja à Indonésia para repatriar corpo após tragédia em vulcão

A morte da jovem brasileira Juliana Marins ganhou repercussão internacional nos últimos dias. Durante uma viagem à Indonésia, Juliana sofreu um trágico acidente ao cair de um vulcão enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani. A queda, de aproximadamente 200 metros, foi fatal.

Equipes de resgate chegaram a ser acionadas, mas os esforços foram alvo de críticas por parte da família da vítima, que considerou as operações lentas e mal coordenadas. Juliana já estava sem vida quando seu corpo foi finalmente retirado do local.

Diante da tragédia, a família Marins embarcou para a Indonésia com o objetivo de cumprir os trâmites burocráticos necessários para a liberação do corpo. A expectativa é que o traslado seja realizado nos próximos dias, permitindo que as cerimônias de despedida aconteçam no Brasil, onde Juliana será velada e sepultada.

Durante a estadia no país asiático, uma publicação feita por Manoel Marins, pai de Juliana, comoveu os internautas. Em um desabafo marcado por dor e serenidade, ele compartilhou uma foto sorridente ao lado da filha e escreveu: “A vida é bela”. Em sua reflexão, Manoel destacou a brevidade da existência: “A vida é muito breve. Como diz a Bíblia, é um sopro, passa rapidamente. Então, vivamos, pois foi para isso que o Altíssimo nos criou: para viver e ser feliz.”

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, a família de Juliana está contando com o apoio da prefeitura da cidade para o processo de repatriação. Além disso, o ex-jogador Alexandre Pato também prestou solidariedade e arcou com os custos da viagem da família à Indonésia, gesto que foi amplamente elogiado nas redes sociais.

A comoção causada pelo caso ultrapassou fronteiras, gerando repercussão não apenas no Brasil, mas também em diversos veículos da imprensa internacional. Juliana, descrita por amigos como alegre e aventureira, tornou-se símbolo de uma tragédia que despertou debates sobre os riscos enfrentados por turistas em trilhas e atividades de ecoturismo em regiões montanhosas e de difícil acesso.

Diante da repercussão e da dificuldade enfrentada pela família para arcar com os custos do traslado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou publicamente e afirmou que o governo federal estuda mudar as regras vigentes. Atualmente, uma norma de 2017 impede que o Estado brasileiro financie esse tipo de repatriação. A intenção, segundo Lula, é rever essa legislação para garantir apoio às famílias em momentos de dor e emergência como este.

A tragédia de Juliana também serviu como alerta para a necessidade de protocolos de segurança mais rigorosos em trilhas de alto risco. Especialistas apontam que, em locais turísticos como o Monte Rinjani, é fundamental que visitantes recebam orientações claras e que as autoridades locais estejam preparadas para agir com eficiência diante de situações de emergência. O caso reacende o debate sobre o equilíbrio entre turismo de aventura e responsabilidade, especialmente quando vidas estão em jogo.

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