Acidente grave entre carro e caminhão deixa avô e neto sem vida em MG

Tragédia na BR-116: avó e neto perdem a vida em grave colisão no Vale do Rio Doce

As causas do acidente seguem sob investigação.

Mais uma tragédia nas estradas brasileiras escancara a fragilidade da segurança viária no país. Na manhã desta quinta-feira (17), um grave acidente na BR-116, próximo ao trevo de Jampruca, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, resultou na morte de uma avó e seu neto, comovendo a comunidade local e familiares das vítimas.

A colisão envolveu um carro de passeio e um caminhão. Segundo informações do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu por volta das 7h da manhã. As circunstâncias exatas ainda estão sendo apuradas pelas autoridades, que não descartam hipóteses como falha humana, defeito mecânico ou problemas estruturais na via.

O veículo de passeio, que fazia o trajeto entre Itambacuri e Governador Valadares, foi jogado para fora da pista com o impacto. Dentro do automóvel estavam a avó e dois netos, que ficaram presos às ferragens. Um dos netos, que viajava no banco traseiro, sobreviveu ao acidente e foi socorrido com vida pelos bombeiros. Ele permanece internado no Hospital Municipal de Governador Valadares, em observação.

O trecho da BR-116 onde ocorreu a tragédia ficou interditado por cerca de três horas, causando congestionamento e atrasos no tráfego. A rodovia é uma das mais importantes do país, ligando o Nordeste ao Sudeste, e tem alto fluxo de caminhões e veículos de passeio. Frequentemente, ela é cenário de acidentes fatais, em grande parte devido à sobrecarga e à infraestrutura deficitária.

A perda de duas vidas em um único acidente reacende o alerta para a urgência de medidas concretas. Organizações civis e especialistas em segurança no trânsito vêm alertando há anos para a necessidade de intervenções estruturais nas rodovias federais. No trecho do Vale do Rio Doce, motoristas relatam com frequência problemas como má conservação do asfalto, sinalização deficiente e falta de áreas de escape.

Especialistas reforçam que a combinação de vias mal conservadas, longas jornadas dos caminhoneiros e ausência de fiscalização contínua forma um cenário propício para tragédias. A situação demanda uma resposta articulada entre governos federal, estadual e municipal para reverter esse quadro crítico.

Além das soluções de infraestrutura, é essencial investir em campanhas de educação para o trânsito que alcancem motoristas de todas as idades e perfis. Mudanças duradouras exigem uma cultura de prevenção e responsabilidade coletiva, onde cada condutor entenda seu papel na preservação da própria vida e da dos outros.

Enquanto o inquérito segue em andamento, fica a dor imensurável para os familiares e o reforço de uma lição amarga: dirigir nas estradas brasileiras continua sendo, muitas vezes, um ato de coragem diante de tantos riscos evitáveis.

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