Bebê de 8 meses morre após suspeita de envenenamento após entregas misteriosas; prima continua na UTI
Morte de bebê e hospitalização de mulher em Natal levantam suspeita de envenenamento por entrega de açaí
Natal (RN) — Um caso misterioso e alarmante está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte após a morte de uma bebê de 8 meses e a hospitalização de uma mulher de 50 anos, possivelmente causadas por envenenamento a partir de alimentos entregues em domicílio.
A tragédia teve início em 14 de abril, quando Geisa de Cássia, de 50 anos, recebeu uma entrega aparentemente inofensiva: um copo de açaí com granola. Após consumir o alimento com a neta Yohana Maitê Filgueira Costa, de apenas 8 meses, ambas apresentaram sintomas graves de intoxicação.
A bebê chegou a ser levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança, mas morreu durante o trajeto. Geisa foi socorrida com vida e encaminhada à UTI do Hospital Regional de Macaíba, onde segue internada em estado grave.
Entregas misteriosas anteriores levantam suspeitas
O caso ganhou contornos ainda mais suspeitos com o relato de entregas anteriores à fatal. No dia 13 de abril, a família recebeu um urso de pelúcia e chocolates, que não causaram reações adversas. Contudo, no dia seguinte, a situação mudou radicalmente com a chegada do açaí, que teria desencadeado os sintomas fatais.
Já no dia 15 de abril, uma nova entrega do mesmo produto foi recebida e novamente consumida por Geisa, que voltou a passar mal, reforçando a hipótese de que o alimento possa ter sido contaminado intencionalmente.
Investigação em curso e clima de alerta
A Polícia Civil trabalha com a suspeita de envenenamento premeditado e já iniciou o rastreamento do motoboy responsável pelas entregas, além da coleta de provas materiais para análise toxicológica dos alimentos.
A possibilidade de que o caso faça parte de um crime planejado, ou mesmo de uma sequência de envenenamentos, tem causado comoção e preocupação na comunidade. Os investigadores aguardam os laudos periciais para confirmar a substância envolvida e estabelecer com clareza a causa da morte da bebê e do quadro clínico de Geisa.
Repercussão
O caso mobilizou a opinião pública e destaca a vulnerabilidade de vítimas diante de métodos de crime cada vez mais insidiosos, em especial quando disfarçados de gestos aparentemente inocentes. O episódio também reacende o debate sobre a segurança nas entregas de alimentos e a rastreabilidade de serviços de delivery.
A investigação segue em andamento, com prioridade máxima por parte das autoridades, que buscam respostas rápidas para a tragédia que abalou a capital potiguar.
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