Bombeiro tem morte confirmada e a causa do óbito serve de alerta o caso aconteceu em SC

Bombeiro comunitário morre após picada de aranha e gera comoção em Santa Catarina

O município de Itapema, em Santa Catarina, amanheceu em luto neste sábado (14) com a notícia do falecimento de João Paulo Floriani, bombeiro comunitário de 44 anos, vítima de complicações causadas por uma picada de aranha. O caso, além de abalar profundamente a comunidade, reacende o alerta sobre os riscos silenciosos associados a picadas de animais peçonhentos, especialmente em áreas residenciais e de vegetação.

João Paulo teve o primeiro contato com o veneno em março, quando foi picado no pé, sem apresentar maiores complicações. No entanto, em abril, durante tarefas no quintal de casa, sofreu uma segunda picada — desta vez na mão — que provocou uma reação severa. A região rapidamente apresentou sinais de necrose, inflamação e acúmulo de pus, exigindo intervenção médica urgente.

Submetido a um procedimento de drenagem, João Paulo apresentou piora no quadro clínico, com insuficiência respiratória e falência progressiva dos órgãos. Transferido para uma unidade de terapia intensiva em Florianópolis, contraiu uma infecção por superbactéria, que agravou ainda mais sua condição. Mesmo com todos os esforços da equipe médica, o bombeiro não resistiu e veio a óbito.

Além de atuar como bombeiro voluntário em Itapema desde 2016, João Paulo trabalhava como bombeiro civil em um centro comercial de Tijucas. Era conhecido por sua generosidade, senso de dever e dedicação à comunidade. Sua morte deixou um vazio irreparável entre familiares, colegas de farda e amigos, que prestaram as últimas homenagens no Cemitério Santo Antônio, onde ocorreu o sepultamento.

A esposa, Márcia de Miranda, visivelmente abalada, foi amparada por companheiros de corporação durante a despedida. Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar destacou o compromisso e o legado de João Paulo, lembrando que ele “representava o verdadeiro espírito de servir ao próximo com coragem e altruísmo”.

O caso chama atenção para a necessidade de cuidados redobrados com picadas de aranhas, que muitas vezes são negligenciadas nas fases iniciais. Especialistas ressaltam que mesmo lesões aparentemente simples podem desencadear quadros graves, especialmente se houver infecção secundária por bactérias resistentes.

Em áreas rurais ou locais com grande presença de vegetação, recomenda-se uso de luvas, calçados fechados e verificação cuidadosa de roupas e calçados antes do uso. Além disso, é fundamental buscar atendimento médico imediato em casos de picada, evitando automedicação ou subestimação dos sintomas.

A tragédia reforça também a importância da vigilância sanitária e da informação pública, para que a população reconheça sinais de alerta precoces e saiba como agir em situações similares. João Paulo se tornou, ainda que de forma dolorosa, um símbolo da urgência de conscientização sobre os perigos escondidos no cotidiano de muitas famílias brasileiras.