‘Brincadeira’ fatal: Identificado adolescente que perdeu a vida com tiro no peito

A morte precoce de um adolescente de 14 anos deixou a comunidade de Catalão, sudeste de Goiás, em choque. Luiz Henrique Giocondo Santos morreu após ser baleado durante uma suposta “brincadeira” com arma de fogo, ocorrida na terça-feira no bairro Castelo Branco.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), que busca esclarecer se a versão apresentada pelo autor do disparo, também adolescente de 14 anos, se sustenta diante dos fatos. Segundo informações iniciais da Polícia Civil, os jovens estariam participando de uma roleta-russa, prática extremamente perigosa que consiste em girar o tambor de um revólver com uma única munição e acionar o gatilho apontando a arma para si ou para outro.

Luiz Henrique foi atingido no peito e não resistiu ao ferimento. O episódio gerou comoção na cidade e reforçou alertas sobre os riscos do acesso facilitado a armas de fogo por menores de idade.

As investigações também incluem o possível envolvimento do irmão do autor, de 13 anos, suspeito de ajudar a esconder a arma após o disparo. Até o momento, o revólver não foi localizado, e as autoridades ainda apuram como os adolescentes tiveram acesso ao armamento.

O suspeito foi detido por ato infracional análogo ao crime de homicídio, enquanto a polícia trabalha para confirmar a veracidade da narrativa ou identificar outra motivação para o disparo. O delegado Vitor Magalhães destacou que todas as circunstâncias estão sendo analisadas, incluindo a origem da arma e o comportamento dos envolvidos antes do fato. A família de Luiz Henrique confirmou que velório e sepultamento ocorreram nesta quarta-feira (3) em Catalão.

O episódio expõe, mais uma vez, os perigos associados ao uso imprudente de armas de fogo por adolescentes e a necessidade de políticas públicas que impeçam o acesso de menores a armamentos. Especialistas defendem campanhas educativas voltadas a famílias e escolas, alertando sobre os riscos e consequências legais e sociais do manuseio inadequado de armas.

Além disso, o caso reforça o debate sobre a importância da supervisão familiar e do acompanhamento psicológico em situações de vulnerabilidade, sobretudo quando há acesso facilitado a objetos perigosos. A prevenção e a conscientização são apontadas como medidas essenciais para evitar tragédias similares.

Organizações de proteção à infância e juventude também destacam a urgência de integração entre polícia, escolas e comunidade para identificar sinais de risco e criar mecanismos de intervenção precoce. A morte de Luiz Henrique serve como alerta sobre o impacto irreversível da imprudência e da falta de fiscalização no cotidiano dos adolescentes.

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