Chacina em SC: única sobrevivente luta pela vida; hospital dá atualização de estado

Tragédia em Joinville deixa três mortos e uma sobrevivente em estado grave

Um crime brutal abalou Joinville (SC) na madrugada desta quinta-feira, 11 de setembro. Três pessoas da mesma família foram assassinadas dentro de casa, enquanto apenas uma sobreviveu aos disparos. O caso chocou a comunidade catarinense pela gravidade dos fatos e pelo sofrimento de uma família inteira.

A única sobrevivente foi Rita de Cássia Pereira Araújo Silva, de 60 anos, sogra do suspeito. Ela foi socorrida com vida e segue internada em estado grave no Hospital São José, recebendo acompanhamento intensivo.

As vítimas fatais foram Ingrid Iolly Araújo Silva Berilo, de 40 anos, esposa do autor dos disparos, além dos dois filhos dela: uma menina de 11 anos e um adolescente de 15. De acordo com a Polícia Militar, os tiros ocorreram por volta das 3h da madrugada, no bairro Saguaçu.

Vizinhos relataram ter ouvido sons semelhantes a rajadas de tiros — cerca de 20 disparos — antes da chegada das autoridades. O suspeito, Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos, motorista de aplicativo e natural do Líbano, foi encontrado morto dentro da residência, caído ao chão com uma pistola calibre .380 ao lado.

Segundo a Polícia Militar, o próprio irmão de Ramzi encontrou a cena ao entrar na casa pela manhã e acionou imediatamente as autoridades. Durante a varredura dos cômodos, os policiais localizaram Ingrid caída no chão com várias perfurações, a filha morta sobre a cama e o adolescente próximo à porta de outro quarto. Rita foi encontrada ferida e recebeu atendimento imediato do Samu.

As polícias Civil e Científica trabalham para esclarecer as circunstâncias do ataque. Até o momento, não há uma explicação oficial para a motivação do crime, mas as linhas de investigação consideram a possibilidade de desavenças familiares e violência doméstica. O histórico do suspeito também será analisado para identificar indícios de comportamento agressivo ou ameaças anteriores.

A tragédia deixou familiares e moradores em choque. Amigos descrevem Ingrid como uma mulher dedicada aos filhos e à mãe, enquanto vizinhos afirmaram que a família era considerada tranquila e discreta. Nas redes sociais, manifestações de pesar e pedidos de justiça se multiplicaram ao longo do dia.

O caso também reacende o debate sobre violência doméstica e o acesso a armas de fogo no Brasil. Especialistas alertam para a necessidade de políticas mais eficazes de prevenção e proteção a mulheres em situação de risco, além de reforço em programas de apoio psicológico e social.

Joinville amanheceu marcada pelo silêncio e pela consternação. O bairro Saguaçu, tradicionalmente pacato, tornou-se palco de uma das maiores tragédias familiares da cidade nos últimos anos, enquanto a comunidade espera por respostas e acompanha com apreensão o estado de saúde da única sobrevivente.

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