Chega ao fim busca por jornalista desaparecida e polícia trás detalhes

O desaparecimento da jornalista britânica Charlotte Alice Peet, de 32 anos, havia sido confirmado por uma amiga antes de a polícia localizá-la em um albergue no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, a investigação apontou que a ausência de Charlotte foi voluntária, descartando qualquer indício de risco à sua segurança. O caso mobilizou amigos e familiares, que ficaram preocupados após perderem contato com a jornalista por vários dias.

Charlotte estava inicialmente em São Paulo e decidiu viajar para o Rio de Janeiro sem avisar seus parentes, informando apenas uma amiga residente na cidade. A norte-americana que recebeu a mensagem comunicando a vinda da jornalista formalizou o desaparecimento à polícia após perder contato com ela. Diante da incerteza sobre seu paradeiro, o caso foi primeiramente investigado pelas autoridades paulistas, que confirmaram que Charlotte embarcou em um ônibus no Terminal Rodoviário do Tietê rumo ao Rio.

Após a confirmação da viagem, a investigação foi assumida pela Polícia Civil fluminense. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros apurou que a britânica chegou ao Rio na noite do dia 8 de fevereiro, hospedando-se em um hostel em Copacabana até o dia 17. Durante esse período, ela realizou atividades comuns, como visitas à praia do Leme, demonstrando que sua estadia na cidade ocorreu de maneira tranquila e planejada.

No dia 17, Charlotte se transferiu para outro albergue no bairro de Botafogo, onde permaneceu por mais sete dias. As autoridades verificaram que a jornalista efetuou todos os pagamentos com seu próprio cartão de crédito, o que indicava uma movimentação financeira habitual. Além disso, descobriu-se que ela possuía dois celulares, um com número brasileiro e outro inglês, ambos ativos, embora o número nacional estivesse configurado para não receber chamadas, o que dificultou as tentativas de contato.

Diante das evidências coletadas, a Polícia Civil concluiu que Charlotte optou conscientemente por se afastar da comunicação com seus familiares e amigos. Como a legislação brasileira não considera crime o desaparecimento voluntário de adultos, seu direito à privacidade foi respeitado. Caso seja formalmente localizada, sua família será informada sobre seu bem-estar, mas sua localização exata não será divulgada, conforme determina a lei brasileira. O caso gerou grande repercussão, trazendo à tona questões sobre o direito à autonomia individual e os desafios enfrentados por autoridades em situações semelhantes.

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