Colisão entre carro e moto deixa vítimas mortais; e sobrevivente revela detalhe

Colisão fatal em São Carlos levanta alerta sobre saúde ao volante

O acidente aconteceu na última segunda-feira, 30 de junho, e reforça uma dura realidade: as rodovias brasileiras continuam sendo palco de tragédias que, em muitos casos, poderiam ser evitadas. Imprudência, cansaço e condições clínicas comprometidas estão entre os principais fatores que colocam vidas em risco no trânsito.

Na Rodovia Thalles de Lorena Peixoto Júnior (SP-318), em São Carlos (SP), um grave acidente resultou na morte de duas pessoas. Um idoso de 87 anos, identificado como Osmar de Mello, conduzia uma caminhonete Saveiro quando perdeu o controle do veículo, invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com uma motocicleta pilotada por Don Juan Galhardi Maia Laureano, de 26 anos.

A colisão foi violenta. Osmar e Don Juan morreram ainda no local. O passageiro da Saveiro, um homem de 44 anos que trabalhava com o idoso, foi o único sobrevivente e precisou ser encaminhado à Santa Casa de São Carlos para receber atendimento médico. De acordo com o boletim de ocorrência, ele relatou que Osmar enfrentava um tratamento contra o câncer e já havia apresentado episódios de desmaio anteriormente.

A principal suspeita é de que o idoso tenha sofrido um desses episódios enquanto dirigia, o que teria provocado a perda de controle do veículo. O impacto foi tão forte que tanto a motocicleta quanto a caminhonete ficaram completamente destruídas. Don Juan, que completaria 27 anos no domingo seguinte, teve morte instantânea.

O caso escancara uma questão delicada, mas necessária: até que ponto é seguro continuar dirigindo diante de um quadro de saúde fragilizado? O desejo de manter a autonomia, especialmente entre idosos, é compreensível. No entanto, o bem-estar próprio e o de terceiros deve prevalecer quando há riscos evidentes à segurança.

Muitos motoristas relutam em abrir mão da direção, mesmo quando enfrentam problemas de saúde sérios. Isso aponta para a necessidade de maior envolvimento de familiares, profissionais de saúde e até mesmo órgãos de trânsito no processo de avaliação da aptidão para dirigir. Mais do que um direito, estar ao volante é uma responsabilidade social.

Além disso, o caso evidencia a importância de revisões periódicas das normas de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para idosos, com avaliações mais rigorosas em relação à saúde física e mental. A prevenção é o caminho mais eficaz para reduzir tragédias como essa, que ceifam vidas e deixam marcas irreparáveis em famílias e comunidades.

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