Criança de apenas 12 anos não resiste após se afogar em açude
Menino de 12 anos morre afogado em açude em Joaçaba; autoridades reforçam alerta sobre riscos em dias de calor
O caso aconteceu na tarde desta sexta-feira, 10 de outubro, em Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Com a chegada das altas temperaturas, o número de acidentes em rios, açudes e represas tende a aumentar. O calor intenso leva muitas pessoas a buscarem alívio em locais com água, mas o lazer pode rapidamente se transformar em tragédia quando não há os devidos cuidados.
A combinação de correntezas, falta de supervisão e desconhecimento da profundidade é responsável por inúmeros casos de afogamento registrados todos os anos — muitos deles envolvendo crianças e adolescentes.
Na tarde desta sexta, um desses episódios lamentáveis foi registrado em Joaçaba. Um menino de 12 anos morreu após se afogar em um açude localizado na Rua Diamantina Alves Pires, no bairro Vila Remor.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar, as equipes foram acionadas por volta das 14h, depois que moradores perceberam que o garoto havia desaparecido sob a água. A comunidade tentou resgatá-lo, mas sem sucesso. Quando os bombeiros chegaram, a vítima já estava submersa havia cerca de 20 minutos. As buscas começaram imediatamente e, após dez minutos de mergulho, o corpo do menino foi localizado e retirado da água.
O Samu iniciou as manobras de reanimação ainda no local e levou o garoto ao hospital, mas, infelizmente, ele não resistiu. Durante o resgate, a avó da criança, que o acompanhava no momento do incidente, entrou em estado de choque e precisou ser amparada pelos socorristas.
Autoridades reforçam o alerta: em dias quentes, é essencial redobrar a atenção com crianças próximas a locais com água. Mesmo açudes e represas aparentemente tranquilos podem esconder profundidades enganosas e fundos irregulares.
O uso de coletes salva-vidas, a presença constante de um adulto e a proibição de mergulhos em áreas desconhecidas são medidas simples que podem salvar vidas.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), o afogamento é a segunda principal causa de morte acidental entre crianças no Brasil. Em 2024, mais de 800 casos foram registrados em ambientes naturais, como rios, lagoas e açudes — a maioria em finais de semana e períodos de calor intenso.
Especialistas alertam que a maioria desses acidentes ocorre por falta de supervisão direta. Crianças tendem a superestimar suas habilidades de natação e subestimam os riscos do ambiente. Mesmo uma profundidade de um metro pode ser fatal quando há desníveis, buracos ou vegetação submersa.
Em Joaçaba, a tragédia mobilizou a comunidade. Vizinhos e moradores do bairro Vila Remor organizaram uma corrente de solidariedade para prestar apoio à família, que é muito conhecida na região. A escola onde o menino estudava anunciou luto oficial e suspendeu as aulas na manhã de sábado em sinal de respeito.
O Corpo de Bombeiros reforçou que ações educativas e preventivas serão intensificadas nas próximas semanas. A instituição pretende realizar campanhas de conscientização em escolas e comunidades próximas a açudes e rios, com o objetivo de evitar novas perdas. “Cada vida salva é um alerta atendido a tempo”, destacou o comandante do 11º Batalhão de Joaçaba.
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