DF: Menina de 7 anos é morta enforcada pela madrasta

O caso gerou revolta na região e chocou moradores da Cidade Estrutural, no Distrito Federal. Rafaela Marinho Souza, de apenas 7 anos, foi morta pela própria madrasta, em um episódio que expôs a vulnerabilidade de crianças em contextos familiares conflituosos.

Iraci Bezerra dos Santos Cruz, de 43 anos, foi presa em flagrante nesta sexta-feira. O crime ocorreu na residência da família, onde o corpo da criança foi encontrado pendurado em uma pilastra, segundo informações da coluna Na Mira. Após se entregar à polícia, a mulher confirmou a autoria do homicídio.

Em depoimento ao Metrópoles, uma irmã da vítima destacou a personalidade da menina. “Não tinha maldade com ninguém. Fico me perguntando como alguém faz isso com uma criança que nem tem defesa”, disse. Ela contou ainda que Rafaela havia passado a última segunda-feira (17/11) com a família materna e demonstrava resistência em retornar à casa do pai e da madrasta devido a obrigações escolares.

A descoberta do crime provocou intensa reação na comunidade. Moradores se reuniram nos arredores da residência e tentaram invadir o imóvel, exigindo justiça. A polícia precisou intervir para conter a situação, e o imóvel foi isolado para procedimentos periciais. O Corpo de Bombeiros (CBMDF) confirmou o óbito da criança. O caso foi registrado como homicídio qualificado.

Vizinhos, familiares e amigos descreveram Rafaela como uma criança carinhosa, bondosa e tranquila. A irmã, que preferiu não se identificar, reforçou o impacto da tragédia: “Ela era cheia de vida, meiga e muito próxima da família. Essa perda nos deixa devastados.” A repercussão do crime também se espalhou pelas redes sociais, provocando indignação e pedidos de justiça imediata.

Especialistas em proteção infantil ressaltam que casos como este evidenciam falhas na supervisão de núcleos familiares reconstituídos e a necessidade de acompanhamento rigoroso por parte das autoridades competentes. Mudanças de guarda e conflitos entre responsáveis exigem atenção redobrada para garantir a segurança de menores.

O episódio também reacendeu debates sobre violência doméstica e a responsabilidade de instituições públicas e escolas em identificar sinais de risco em crianças. Psicólogos recomendam programas de escuta ativa e monitoramento frequente de crianças em contextos familiares complexos.

A comunidade local e internautas pedem que o caso sirva de alerta e incentivo à criação de mecanismos mais eficientes de proteção infantil, reforçando a importância de políticas preventivas, acompanhamento de famílias e intervenção rápida sempre que houver sinais de perigo para menores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *