Enterradas lado a lado: Velório e sepultamento das adolescentes vitimas de atropelamento foi marcado por muitas lágrimas e revolta

Tragédia em São Caetano do Sul: comunidade em luto clama por justiça

O caso segue em investigação.

O clima em São Caetano do Sul nesta sexta-feira (11) foi de profunda tristeza e comoção. Familiares e amigos se reuniram no Cemitério da Saudade para o último adeus a Isabela Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, duas jovens de apenas 18 anos que tiveram suas vidas interrompidas de forma brutal.

O silêncio reinava entre os presentes, rompido apenas pelo som do choro e lamentos de incredulidade. O ambiente refletia a dor coletiva de uma cidade inteira, abalada pela perda de duas jovens com um futuro promissor pela frente.

“Ela era minha vida. Nunca mais vai ser igual”, desabafou Claudilene, mãe de Isabelli, em meio às lágrimas. Do outro lado, Marcos, pai de Isabela, lamentava: “Não é só a dor de perder. É a revolta de saber que foi por pura irresponsabilidade.” A dor de ambos ecoou entre os presentes, emocionando até quem não conhecia as vítimas pessoalmente.

O atropelamento ocorreu em uma via com limite de velocidade de 60 km/h, mas, segundo as investigações, o veículo envolvido estava em altíssima velocidade no momento do impacto. As jovens foram lançadas a cerca de 52 metros do ponto da colisão — uma evidência da violência do acidente.

Testemunhas relataram que o motorista pode ter participado de um racha, hipótese que intensificou a mobilização de moradores e autoridades em busca de justiça. A possibilidade de disputa de velocidade em uma área urbana reacende o debate sobre imprudência no trânsito e seus efeitos devastadores.

Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, estudante de Direito, era quem dirigia o carro e foi preso preventivamente. Ele afirmou ter perdido o controle do veículo e negou envolvimento em corridas ilegais. No entanto, o juiz do caso apontou que o automóvel apresentava modificações para aumento de desempenho, como escapamento esportivo e para-choques alterados — indícios de comportamento arriscado recorrente.

A decisão pela manutenção da prisão preventiva foi baseada na combinação entre a violência do impacto, o estado do veículo e o histórico do condutor. As imagens do atropelamento, registradas por câmeras de segurança, reforçam a gravidade da tragédia.

A repercussão do caso ultrapassou os limites do município, alcançando as redes sociais e pautando discussões sobre segurança viária. A comoção provocada pela morte das duas jovens levou muitos a refletirem sobre os perigos da imprudência ao volante e o papel da sociedade na prevenção desse tipo de fatalidade.

Organizações locais de apoio às vítimas de trânsito já demonstraram interesse em prestar suporte às famílias e utilizar o caso como símbolo de luta por mudanças mais rigorosas nas leis de trânsito. A dor transformada em ação pode ser o primeiro passo para evitar novas tragédias como essa.

Enquanto a cidade ainda tenta assimilar o ocorrido, uma certeza permanece: a vida de Isabela e Isabelli jamais será esquecida. Que sua memória inspire responsabilidade, respeito e empatia — valores urgentes em cada esquina, em cada rua, em cada decisão tomada atrás do volante.

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